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Estado de Minas

Três cidades de Minas Gerais terão tarifa zero nos ônibus

O custo de operação nas cidades mineiras que dão gratuidade geral no serviço é bancado pelas prefeituras


postado em 03/07/2013 06:00 / atualizado em 03/07/2013 07:51

Um benefício restrito no transporte coletivo de Belo Horizonte e grande parte do Brasil, embarcar num ônibus urbano sem pagar passagem é realidade para os cidadãos de pelo menos três municípios mineiros. Monte Carmelo, no Triângulo Mineiro, Abaeté, na Região Centro-Oeste, e Muzambinho, no Sul de Minas, oferecem aos moradores serviço de ônibus gratuito em quase todo o perímetro urbano, sem que haja necessidade de empresas privadas. A experiência é parecida com a adotada em Agudos e Potirendaba, no interior de São Paulo, Porto Real (RJ), e Ivaporã (PR).


O custo de operação nas cidades mineiras que dão gratuidade geral no serviço é bancado pelas prefeituras. Mas não é uma experiência que possa servir de exemplo a cidades de médio e grande porte, já que a maior população atendida entre as três cidades, menos de 50 mil pessoas, caberia dentro do Mineirão, na capital. E sobraria bastante espaço.


Quatro linhas percorrem Monte Carmelo, o maior entre as três cidades, com aproximadamente 45 mil habitantes. O fato de não haver cobrança não é garantia de satisfação dos usuários. Tanto que o maior problema, explica Divino Batista Ramos, secretário de Obras e Transportes do município, é a depredação da frota de ônibus Ciferal Mercedes-Benz ano 1996, adquirida usada no Rio de Janeiro.


“Nossos ônibus são antigos, mas muito bem cuidados. O grande entrave é que muitas pessoas depredam os veículos, o que acaba encarecendo bastante a operação”, diz o secretário, acrescentando que, devido à lotação nos horários de pico, a prefeitura planeja um espécie de plebiscito com a população para decidir se aumentará a oferta. "Trabalhamos em faixas de horário das 11h às 14h, das 17h às 19h30 e das 22h à 00h30.” Para rodar de hora em hora, segundo o secretário seriam gastos 3% do orçamento do município. “Seria difícil, uma vez que 5% é gasto, em média, em investimentos na cidade.”


Demanda cresce


Em Abaeté, com cerca de 22 mil habitantes, o fato de muitas pessoas usarem o único ônibus que percorre a linha entre os bairros São João e São Pedro sem real necessidade incomoda quem realmente depende do serviço, afirma o diretor de Transportes da cidade, Daniel Dayrrell. Na avaliação do responsável pela manutenção dos dois coletivos de Abaeté – um ônibus Agrale ano 2007 e outro Mercedes-Benz, 1997, usado como reserva –, a demanda cresceu muito nos últimos anos. A única linha é operada de segunda a sábado, das 5h45 à 19h. “Mas é certo que muito em breve será necessário colocar um terceiro ônibus para rodar”, admite.


Com pouco mais de 20 mil habitantes, Muzambinho conta com o benefício desde outubro de 2011. As linhas funcionam de segunda a sexta-feira, nos horários de pico. O prefeito Ivan de Freitas alega que, para manter o serviço, sacrifica o orçamento de outras áreas. Prometendo continuidade, ele não descarta, contudo, uma cobrança no futuro. “Vamos assegurar o transporte gratuito enquanto pudermos.”


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