Jardins restaurados de Burle Marx já sofrem problemas como a invasão de capivaras e ervas daninhasOs canteiros do Museu de Arte da Pampulha (MAP), onde o piso original de vidro foi recuperado, e da Casa do Baile foram apresentados ontem pela Fundação Municipal de Cultura (FMC) e integram as ações para tentar elevar o conjunto a Patrimônio Cultural da HumanidadeAté dezembro, os jardins da Casa Kubitschek, Praça Dalva Simão e Igreja de São Francisco de Assis retomarão o traçado original de 1940, num investimento total de R$ 4 milhões.
Apesar do esforço de revitalização, algumas espécies estão ameaçadas pela proliferação de tiririca, praga de difícil controle, e do pisoteamento das capivaras que habitam a Lagoa da PampulhaHá plantas como a moisés-no-cesto, muito rara, que foram destruídas pelas capivarasA iresine, nativa muito presente nos projetos de Burle Marx, é a mais visada pelos mamíferos.
“Estamos pensando em cercar a área, mas é preciso tomar outras providências quanto à proliferação”, diz, preocupado, o arquiteto e paisagista responsável, Ricardo LanaSegundo ele, a empresa que implantou o projeto fará a manutenção por cinco anosA restauração teve como principal objetivo a recuperação das vistas do conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer“A paisagem estava completamente comprometidaDo salão do museu, voltamos a ver a Casa do Baile e o Iate Clube”, afirma RicardoCom iluminação especial, o piso original de vidro na entrada do museu também foi recuperado.
Os jardins são um dos passos para a conquista do título de Patrimônio Cultural da Humanidade dado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)Segundo o diretor de Patrimônio Cultural da FMC, Carlos Henrique Bicalho, a revitalização do prédio do MAP também está nos planos