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Estado de Minas

Jardins de Burle Marx na Pampulha são ameaçados por praga e pelas capivaras


postado em 03/07/2013 06:00 / atualizado em 03/07/2013 09:43

Ontem à noite, foram feitos testes de iluminação nos canteiros e na entrada do Museu de Arte da Pampulha, revitalizado(foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA Press)
Ontem à noite, foram feitos testes de iluminação nos canteiros e na entrada do Museu de Arte da Pampulha, revitalizado (foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA Press)


Jardins restaurados de Burle Marx já sofrem problemas como a invasão de capivaras e ervas daninhas. Os canteiros do Museu de Arte da Pampulha (MAP), onde o piso original de vidro foi recuperado, e da Casa do Baile foram apresentados ontem pela Fundação Municipal de Cultura (FMC) e integram as ações para tentar elevar o conjunto a Patrimônio Cultural da Humanidade. Até dezembro, os jardins da Casa Kubitschek, Praça Dalva Simão e Igreja de São Francisco de Assis retomarão o traçado original de 1940, num investimento total de R$ 4 milhões.


Apesar do esforço de revitalização, algumas espécies estão ameaçadas pela proliferação de tiririca, praga de difícil controle, e do pisoteamento das capivaras que habitam a Lagoa da Pampulha. Há plantas como a moisés-no-cesto, muito rara, que foram destruídas pelas capivaras. A iresine, nativa muito presente nos projetos de Burle Marx, é a mais visada pelos mamíferos.

“Estamos pensando em cercar a área, mas é preciso tomar outras providências quanto à proliferação”, diz, preocupado, o arquiteto e paisagista responsável, Ricardo Lana. Segundo ele, a empresa que implantou o projeto fará a manutenção por cinco anos. A restauração teve como principal objetivo a recuperação das vistas do conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer. “A paisagem estava completamente comprometida. Do salão do museu, voltamos a ver a Casa do Baile e o Iate Clube”, afirma Ricardo. Com iluminação especial, o piso original de vidro na entrada do museu também foi recuperado.


Os jardins são um dos passos para a conquista do título de Patrimônio Cultural da Humanidade dado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Segundo o diretor de Patrimônio Cultural da FMC, Carlos Henrique Bicalho, a revitalização do prédio do MAP também está nos planos. “Ele ainda está em fase de projeto. Os recursos viriam em parte do Programa de Aceleração do Crescimento das Cidades Históricas (PAC)”, afirma Bicalho. Em setembro, o dossiê com a justificativa para o título será apresentado num worshop internacional que ocorrerá em Belo Horizonte.


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