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Estado de Minas

Câmara de Divinópolis também é ocupada por manifestantes


postado em 03/07/2013 06:00 / atualizado em 03/07/2013 06:48

Trinta manifestantes ocupam desde a noite de segunda-feira a Câmara Municipal de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas. O grupo, formado por estudantes, sindicalistas e representantes de ONGs, diz que só sairá do local depois que reivindicações forem atendidas. Os manifestantes, que contam barracas, colchões, microondas e internet wi-fi, fazem cinco exigências. A primeira é a mudança de horário das reuniões ordinárias. Atualmente, vereadores se reúnem sempre às 14h. A proposta é passar a reunião para 19h, quando a maioria das pessoas já saiu do trabalho, o que permitiria maior participação popular.


Outra reivindicação é a entrada em funcionamento da unidade de pronto atendimento (UPA) do Bairro Ponte Funda, inaugurada  em 5 de julho do ano passado e fechada após as eleições. Eles exigem também a redução da tarifa do transporte público e a revisão do contrato de tratamento do esgoto feito com a Copasa. O movimento quer ainda a revogação de lei municipal que dispõe sobre organização administrativa do município. Essa determinação dá plenos poderes para o Executivo, que passou a adotar medidas como a criação de novos cargos sem precisar consultar o Legislativo.


A ação dos manifestantes começou na noite de segunda-feira, quando quatro jovens invadiram a Câmara e outras pessoas decidiram apoiá-los. Nesse primeiro dia, pelo menos 12 pessoas dormiram no segundo andar da Casa. Um dos organizadores da iniciativa, Leonardo Santos, diz que o objetivo é fazer um “movimento cultural”. Ele conta que, pela manhã, os participantes da ação se uniram em “faxina na praça”. “Limpamos toda a praça da Rua São Paulo e, durante o dia, vários artistas se apresentaram de frente à Câmara, com música e apresentações. Queremos chamar a atenção das pessoas através da cultura e da arte”, afirma.


O presidente da Câmara, Rodyson Kristinamurti, já se reuniu três vezes com os manifestantes. Ele explica que de todas as exigências apresentadas pelo movimento, apenas uma é de competência do Legislativo. “Só podemos nos responsabilizar pela questão da mudança de horário na Câmara”, afirma. Kristinamurti informa ainda que, para mudar o horário da reunião, será preciso fazer cálculos para saber ao certo como isso poderá afetar as finanças do Legislativo. “Pedi aos manifestantes para fazermos esse estudo. Uma mudança de horário afetará todo o funcionamento da Casa”, diz. A assessoria de imprensa da prefeitura de Divinópolis informou que o Executivo ainda não tem posicionamento sobre as reivindicações.


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