Em Congonhas, na Região Central do estado, a 89 quilômetros de BH, um carro de passeio foi inteiramente destruído, um homem foi quase linchado e por pouco não houve uma tragédia em protesto no km 603 da BR-040 na tarde de terça-feira.
Moradores protestavam, com apoio de caminhoneiros, pela construção de uma passarela sobre a BR-040, o momento mais tenso ocorreu quando um motorista tentou furar o bloqueio, avançando com o carro sobre manifestantes e quase atropelando alguns delesParticipantes da manifestação cercaram o veículo e, depois de bate-boca, o grupo começou a balançá-lo e dar socos na latariaAcuado, o motorista deu ré em alta velocidade e um rapaz quebrou parte do parabrisa com uma pauladaOutras pessoas jogaram pedrasO motorista voltou a avançar, acelerou, passou por cima dos cones e seguiu no sentido Belo Horizonte
Manifestantes decidiram perseguir o Gol de carro e o encontraram em um posto de combustível próximoO homem tomou pedradas, mas conseguiu fugir sem ser identificadoUm dos moradores conduziu o veículo de volta ao local da manifestaçãoLá, mais manifestantes prosseguiram a depredaçãoAfinal, o carro foi virado e só não foi queimado porque alguns ponderaram que poderia explodirTudo isso sem o menor sinal de policiamento.
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Os moradores, assim como na manifestação de segunda-feira, cobram a construção de uma passarela
No começo da manifestação, a barreira impedia apenas a passagem de caminhões que não carregavam animais ou mercadorias perecíveis, carros de firmas que prestam serviço a mineradoras, veículos fretados e carros com logomarca do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que os manifestantes culpam pela não construção da passarelaA poucos minutos das 14h, pneus passaram a ocupar cerca de dois terços da rodovia, e 50 minutos depois foram queimadosNaquele momento era permitida somente a passagem de ambulâncias e carros com crianças pequenas, idosos ou alguém que passasse mal.
Nenhum policial acompanhou a manifestação na barreiraDois agentes da PRF, que estavam em uma viatura estacionada a mais de 200 metros e em poucas horas foram embora, cederam cones para ajudar a compor a interdiçãoÀs 11h40, surgiu outra viatura da corporaçãoDois minutos depois, foi embora
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