Em reunião realizada na sede do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) na tarde desta quarta-feira, os integrantes da Comissão de Prevenção à Violência em Manifestações Populares fizeram um balanço positivo da atuação do grupo frente aos atos de protesto realizados durante a Copa das Confederações, em Belo Horizonte.

No encontro, a Comissão decidiu manter seus trabalhos, apesar do fim da competiçãoO foco agora recai para a Câmara dos Vereadores, com o objetivo de minimizar a possibilidade de atos violentos durante a ocupação da Casa pela Assembleia Popular HorizontalNovas manifestações que podem vir a ocorrer em Belo Horizonte e interior também serão alvo de averiguações por parte do grupo.

Na reunião, ainda foi ressaltada a constituição de um fórum para comunicação entre os envolvidos nos protestos - Ministério Público, forças de segurança, movimentos sociais e entidades de direitos humanos - com o objetivo de evitar possíveis violações dos Direitos Humanos durante manifestações.

Para o procurador de Justiça José Antônio Baeta de Melo Cançado, o valor das ações preventivas que resultaram do trabalho da comissão é imensurável"Não temos dúvida de que as reuniões e a vigilância diária que mantivemos resultaram em acordos e estratégias que impediram a ocorrência de alguns confrontos anunciadosA experiência nos mostrou que podemos nos aproximar ainda mais de um cenário de alinhamento entre os envolvidos", disse.

A Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos (PDDH) também continuará recebendo denúncias de possíveis abusos cometidos nas manifestações já ocorridas na capital, que serão investigadas e apuradas por quatro Procedimentos Investigatórios Criminais (PICs)