Manifestantes se reúnem na tarde desta quinta-feira na porta do Palácio da Liberdade, na Região Centro-Sul de BH, em protesto pelo retorno da Feira do Mineirinho e pelos Barraqueiros do entorno do Mineirão, ambos na Região da Pampulha
De acordo como Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, cerca de 50 a 70 pessoas participam do movimento, de forma pacífica, fechando duas pistas, no sentido da Praça da SavassiO trânsito no local registra lentidão e uma alternativa para fugir do congestionamento para quem segue em direção à Savassi é passar pela Rua da Bahia.
Segundo a BHTrans, por volta de 16h30, os manifestantes saíram da Praça da LiberdadeEles seguiram a Avenida Brasil toda, ocupando de uma a duas faixas, até a Câmara Municipal de BH, onde permancem concentrados.
Protesto
A tradicional feira de artesanato, que estava há 10 anos no Mineirinho, teve que ser desativada do local por determinação da SECOPA - Secretaria de Estado de Minas Gerais para a Copa do Mundo, em virtude de obras no estádioSegundo o Copac, a justificativa dada era que o espaço daria lugar a equipamentos da FIFA para a Copa das ConfederaçõesEm maio deste ano, o comércio foi transferido para a Avenida do Contorno, ao lado da Praça da EstaçãoNo entanto, os feirantes alegam que o local só tem capacidade para abrigar 200 dos 500 expositores.
Ainda de acordo com o comitê, cerca de 150 trabalhadores da Associação dos barraqueiros no entorno do Mineirão (ABAEM) também foram expulsos com a reforma e remodelação do estádio e, desde que o local voltou a ser sede dos jogos na cidade, eles aguardam uma posição do governo sobre a possibilidade de retornar aos seus postos de trabalho originais.
Segundo Rafal Bitencourt, membro do Copac, como a Copa das Confederações acabou e não há previsão de obras para o mineirinho, não há mais motivo para continuar proibindo o trabalho dos feirantes no local“O governo brasileiro faz propagando dos benefícios da Copa, mas esconde os impactos sociaisO Estado tem a obrigação de fazer um estudo sobre os efeitos desse megaevento e tentar contorná-los e minimizá-los, mas como nada disso foi feito, a alternativa que resta é ir às ruas e pressionar o governo”, afirma.