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Estado de Minas

Manifestantes protestam em frente ao Palácio da Liberdade

Grupo reivindica uma alternativa para o continuidade da Feira do Mineirinho e para o retorno dos Barraqueiros do Mineirão


postado em 04/07/2013 15:04 / atualizado em 04/07/2013 17:50

Manifestantes se reúnem na tarde desta quinta-feira na porta do Palácio da Liberdade, na Região Centro-Sul de BH, em protesto pelo retorno da Feira do Mineirinho e pelos Barraqueiros do entorno do Mineirão, ambos na Região da Pampulha. O ato foi convocado pelo Comitê Popular dos Atingidos pela Copa (Copac), com o objetivo de iniciar uma negociação com o governo do Estado.

De acordo como Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, cerca de 50 a 70 pessoas participam do movimento, de forma pacífica, fechando duas pistas, no sentido da Praça da Savassi. O trânsito no local registra lentidão e uma alternativa para fugir do congestionamento para quem segue em direção à Savassi é passar pela Rua da Bahia.

Segundo a BHTrans, por volta de 16h30, os manifestantes saíram da Praça da Liberdade. Eles seguiram a Avenida Brasil toda, ocupando de uma a duas faixas, até a Câmara Municipal de BH, onde permancem concentrados.

Protesto


A tradicional feira de artesanato, que estava há 10 anos no Mineirinho, teve que ser desativada do local por determinação da SECOPA - Secretaria de Estado de Minas Gerais para a Copa do Mundo, em virtude de obras no estádio. Segundo o Copac, a justificativa dada era que o espaço daria lugar a equipamentos da FIFA para a Copa das Confederações. Em maio deste ano, o comércio foi transferido para a Avenida do Contorno, ao lado da Praça da Estação. No entanto, os feirantes alegam que o local só tem capacidade para abrigar 200 dos 500 expositores.


Ainda de acordo com o comitê, cerca de 150 trabalhadores da Associação dos barraqueiros no entorno do Mineirão (ABAEM) também foram expulsos com a reforma e remodelação do estádio e, desde que o local voltou a ser sede dos jogos na cidade, eles aguardam uma posição do governo sobre a possibilidade de retornar aos seus postos de trabalho originais.

Segundo Rafal Bitencourt, membro do Copac, como a Copa das Confederações acabou e não há previsão de obras para o mineirinho, não há mais motivo para continuar proibindo o trabalho dos feirantes no local. “O governo brasileiro faz propagando dos benefícios da Copa, mas esconde os impactos sociais. O Estado tem a obrigação de fazer um estudo sobre os efeitos desse megaevento e tentar contorná-los e minimizá-los, mas como nada disso foi feito, a alternativa que resta é ir às ruas e pressionar o governo”, afirma.


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