Os manifestantes que participam do 7º Grande Ato Assembleia Popular, protesto que acontece nesta sexta-feira em Belo Horizonte, se reuniram na Praça Sete, Centro da capital
Uma das reivindicações dos manifestantes foi atendida pelo prefeito Márcio Lacerda (PSB)No início da tarde, o chefe do Executivo anunciou a dedução do PIS/Cofins do preço das passagens do transporte coletivo da capitalA partir da meia-noite da próxima quarta-feira, dia 10 de julho, o valor das passagens dos ônibus de Belo Horizonte cai de R$ 2,80 para R$ 2,65.
Rumo à Câmara
Após o anúncio de Lacerda, depois de aproximadamente 1h interditando a Praça Sete, os manifestantes seguiram para a porta da Prefeitura de Belo Horizonte e fecharam a Avenida Afonso Pena no sentido MangabeirasCerca de 150 pessoas participam da passeata, de acordo com a Polícia Militar.
Por volta das 15h, os manifestantes decidiram deixar a Prefeitura e se dirigir à Câmara Municipal, no Bairro Santa EfigêniaAntes de deixarem o local, eles afixaram cartazes na fachada do prédio, com frases de efeito criticando o sistema de transporte público de Belo Horizonte
Impasse
Mesmo com a redução das tarifas, os participantes da Assembleia Popular Horizontal não definiram se vão desocupar a Câmara Municipal nesta sexta-feiraSegundo Gladson Reis, ativista do movimento,o grupo ainda aguarda a abertura da planilha de custos das empresas de transportes
Em nota divulgada em sua página no Facebook, a Assembleia Popular Horizontal apresentou seu posicionamento a respeito da redução anunciada por Marcio Lacerda
“Sem dúvida nenhuma, voltar a pagar R$ 2,65 para andar de ônibus fará diferença na vida de quem depende do transporte público para ter acesso a trabalho, cultura e lazerNão nos restam dúvidas de que essa conquista só foi possível porque fomos às ruas, nos mobilizamos e, principalmente, porque mostramos nossa capacidade de articulação e organização ao ocuparmos a Câmara Municipal de Belo Horizonte no último dia 29 de junho
Ao mesmo tempo, porém, cabe ressaltar nesse momento que essa foi apenas uma das reivindicações apresentadas ao prefeito e ao vereadores no nosso ato de ocupação da Câmara e nas duas reuniões feitas com representantes do executivo.
Nossas outras reivindicações foram: transparência das contas das concessionárias de transporte coletivo através da publicação das planilhas de custo das empresas e passe livre para estudantes e desempregados.
Além disso, vale lembrar que o corte das tarifas vem por meio de isenção fiscal das empresas, que deixam de pagar ao estado para conceder esse direitoO acúmulo apresentado até agora em nossas discussões demonstra a necessidade de não colocar na conta dos cofres públicos essa redução, e sim na conta das empresasPor fim, esperamos ainda do prefeito um posicionamento sobre a desoneração da folha de pagamento, anunciada em janeiro e até hoje não incorporada ao preço da passagemA previsão é de que essa incorporação signifique uma queda de mais 10 centavos na tarifa de ônibusDessa maneira, chamamos toda a população a fortalecer conosco essa luta, que não se encerra por aquiNão é e nem nunca foi por 15 centavos”
O grupo se reúne novamente em assembleia no sábado, às 18h, para decidir quais serão os rumos do movimento. Até então, não há previsões de desocupação da Câmara.
Catalão
Mais cedo, funcionários da Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (Prodabel) fizeram uma manifestação por melhores condições de trabalho e cumprimento de acordo salarialEles se reuniram em frente à sede da empresa na Avenida Presidente Carlos Luz, no Bairro Caiçara, Região Noroeste da capital