Jornal Estado de Minas

Prefeito anuncia redução de R$ 0,15 nas passagens de ônibus em BH

O prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) anunciou nesta sexta-feira nova redução para as passagens de ônibus na capital. A partir de 0h de quarta-feira a tarifa passa de R$ 2,80 para R$ 2,65, uma redução que incorpora a desoneração do Imposto Sobre Serviços (ISS) - R$ 0,05, aprovada pelos vereadores no último sábado. Também será retirado o valor do Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), R$ 0,10, em desoneração concedida pelo governo federal. Com a redução, a passagem volta ao mesmo valor do ano passado, antes da mudança instaurada por decreto.


Lacerda se reuniu na quinta-feira com empresários do setor do transporte e nesta manhã se encontrou com representantes da sociedade no Fórum de Assuntos Estratégicos de Belo Horizonte. Logo depois do encontro, anunciou a mudança na tarifa. A redução no preço vale para os ônibus fiscalizados pela BHTrans. A viagem nas linhas circulares e alimentadoras (ônibus cor amarela) agora custa R$ 1,85.

O prefeito também anunciou que fará um decreto na semana que vem para criar o Conselho Municipal de Mobilidade Urbana, grupo que vai acompanhar todas as questões relativas ao transporte na capital. Em paralelo ao anúncio do prefeito, acontece uma manifestação no Centro de BH, organizada pelo grupo que está acampado na Câmara Municipal há quase uma semana.

O grupo acampado pedia a revogação do reajuste das passagens ocorrido em dezembro, o que resultaria no retorno para R$ 2,65. Pedia também a desoneração do PIS, Pasep e Cofins, prevista em medida provisória da presidente Dilma Rousseff (PT). Eles exigem a abertura de planilhas de custos das empresas de transporte na capital. O movimento ainda não anunciou os rumos do protesto depois do anúncio desta sexta-feira.

Sobre a redução divulgada por Lacerda, o líder e movimento estudantil, Gladyton Reis afirma: “Nós achamos fundamental ainda abrir as planilhas. Além disso, a passagem deve descer pelo menos 20 centavos considerando a exoneração do PIS/COFINS e ISS”.

(Com  Cristiane Silva e Thiago de Holanda)