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Estado de Minas

Grande BH faz 40 anos sem garantir infraestrutura e serviços de qualidade

Região metropolitana completa 40 anos em meio a protestos de moradores por mais avanços na prestação de serviços


postado em 08/07/2013 06:00 / atualizado em 08/07/2013 07:03

Mateus Parreiras

Criança sentada perto de encanamento no Bairro Tupã, em Contagem, onde não coleta de esgotos (foto: ( Beto Novaes/EM/D. A Press))
Criança sentada perto de encanamento no Bairro Tupã, em Contagem, onde não coleta de esgotos (foto: ( Beto Novaes/EM/D. A Press))
Há 17 dias, moradores do Bairro Tupã, em Contagem, aproveitaram a onda de manifestações pelo país e decidiram chamar a atenção para problemas de saneamento básico, saúde e transporte na comunidade. Usaram paus, pedras e pneus e bloquearam a estrada de 3,5 quilômetros que liga a localidade à MG-423. Como eles, moradores de municípios próximos a Belo Horizonte organizaram pelo menos outros nove protestos em pouco mais de duas semanas para demonstrar insatisfação com serviços. As reclamações dão uma medida dos desafios da Região Metropolitana de BH (RMBH) exatos 40 anos depois de sua criação.

Oficializada em 8 de julho de 1973 por meio de lei complementar, a região, assim como outras áreas metropolitanas, enfrenta problemas de ocupação desordenada que dificultam a tarefa de promover desenvolvimento e garantir serviços integrados.


A Região Metropolitana de BH começou com 14 municípios: Belo Horizonte, Betim, Caeté, Contagem, Ibirité, Lagoa Santa, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Raposos, Ribeirão das Neves, Rio Acima, Sabará, Santa Luzia e Vespasiano. Ao longo dos anos, mais 20 foram incorporados até o desenho atual, com 34 cidades (veja mapa). A lei complementar que formalizou a RMBH em 1973 criou outras oito regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife, Salvador, Curitiba, Belém e Fortaleza). Uma comparação entre indicadores das regiões, compilados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra quesitos em que a RMBH conseguiu avançar mais que outras áreas do país e outros onde o desafio é maior.


A reportagem do EM percorreu bairros de Contagem, Esmeraldas e Ribeirão das Neves e flagrou situações extremas a que uma parcela dos moradores ainda é submetida. Embora o IBGE indique que 0,4% dos domicílios não têm coleta de esgotos na Grande BH, há bairros como o Tupã, em Contagem, nos quais a falta de saneamento básico é um dos principais problemas. Ali, canais de esgoto escavados nas vias de chão batido ou em canaletas de concreto cruzam as vias. “Saímos de casa e topamos com esgoto”, reclama o porteiro Mauro Lara, de 48 anos. A situação também é ruim na Escola Municipal Hilda Nunes dos Santos.


 

Fossas transbordam por não serem esvaziadas regularmente. “Os caminhõesdemoram mais de três dias”, disse uma funcionária. Outro bairro com problemas é o Palmital, em Esmeraldas. O esgoto é jogado no meio das vias. Em Ribeirão das Neves, no Bairro Santana 2, o lixo fica espalhado aos montes. Na Rua 1, moradores improvisaram ponte de madeira para evitar contato com córrego que recebe esgoto e corre ao lado das casas.

 

 


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