A instauração do processo administrativo ocorreu depois de a comissão de sindicância formada na época do trote identificar que, durante o evento, houve transgressões às normas acadêmicas“Identificamos práticas incompatíveis com a dignidade universitáriaO regimento da universidade prevê punições desde advertência até suspensão e, em uma situação limite, a exclusão do aluno da instituição”, afirma o vice-diretor da faculdade, Fernando Gonzaga Jayme.
A Portaria 59/2013, que indicia os alunos, acusa um grupo de universitários de ter aplicado o trote em estudantes do primeiro períodoOutro grupo responderá pela distribuição gratuita e venda de bebidas alcoólicas na unidade de ensino e uma terceira turma, por ter contribuído financeiramente e ter participado das atividades do troteA recepção aos calouros do curso ocorreu em 15 de março, uma sexta-feiraDivulgadas no Facebook, duas fotos do evento provocaram revolta entre internautas.
Em uma das imagens, um calouro está amarrado com fita a uma pilastra e, ao lado dele, três colegas erguem o braço direito, à maneira da saudação nazista – um deles tem um bigode pintado semelhante ao do ditador Adolf HitlerNa outra, uma novata com o corpo tingido de preto tem as mãos atadas por uma corrente puxada por um veteranoA moça ainda carrega uma placa com a inscrição “Caloura Chica da Silva”, em referência à famosa escrava que viveu em Diamantina no período colonial.