Brasília – A notícia do acidente com o ônibus que levava fiéis a uma missão em Setubinha, no Vale do Mucuri, interrompeu uma vigília de jovens na Igreja Assembleia de Deus de Sobradinho na noite de sexta-feira. As informações, até então desencontradas, levaram parentes e amigos até o templo para saber sobre o estado de saúde dos 42 passageiros, moradores do Distrito Federal e do entorno. O movimento por lá ficou intenso durante toda a madrugada e uma equipe de funcionários trabalhou sem descanso para dar apoio às famílias das vítimas.
Ontem, o movimento em frente à igreja continuou durante todo o dia, mas um pouco mais discreto. Os parentes das 10 vítimas mortas na tragédia preferiram se recolher em casa para aguardar a chegada dos corpos de Governador Valadares. Os familiares de Marinalva Vicente da Silva Oliveira, de 50 anos, ficaram reunidos na casa dela, na Fercal. “Estamos em estado de choque, sem acreditar no que está acontecendo. Ela estava muito feliz, era a segunda vez que ia para lá. Há um ano e meio ela ficou 15 dias no município, ela foi para cozinhar e levar mantimentos", contou um dos filhos, o motorista Jason Silva Oliveira, 26 anos.
Na igreja, o clima era de consternação entre os fiéis. Muitos apareciam para orar e oferecer ajuda aos familiares de vítimas. O grupo de funcionários recebia as informações de Minas e repassava a quem estava por lá. Também se mobilizava para conseguir o transporte dos sobreviventes e dos corpos das 10 vítimas. Reservaram salas para as pessoas descansarem. As refeições do dia foram feitas lá mesmo.