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Estado de Minas

Coreto da Praça da Liberdade retoma função cultural e de lazer para população


postado em 16/07/2013 06:00 / atualizado em 16/07/2013 07:06

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Depois de uma espera de quase dois anos e meio, o coreto da Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, vai retomar sua função cultural e de lazer para a população. A reinauguração será domingo, às 9h, após a restauração do forro, cobertura, piso, guarda-corpo, pintura, impermeabilização da fundação e piso interno do porão. A estrutura estava fechada desde fevereiro de 2011, quando foi constatado que o forro de madeira da cobertura começava a apresentar desprendimentos, com risco de acidente para os frequentadores.


Os serviços de restauro começaram em dezembro de 2012 e os trabalho se estendeu para a cobertura metálica e elementos artísticos, além de adoção de novo sistema de impermeabilização das fundações. Os recursos são fruto da parceria entre o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha/MG), Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais (BDMG Cultural) e Associação dos Notários e Registradores do Estado de Minas Gerais (Anoreg-MG).

Instalado nos jardins da praça da Liberdade em 1913, o coreto sempre foi espaço tradicional da capital e, por décadas, aos domingos, era ponto de encontro de moradores e visitantes interessados em apreciar as retretas promovidas pela Banda Musical do 1º Batalhão da Brigada Policial de Minas Gerais. Foi projetado em 1904, por Edgar Nascentes Coelho, para ser o Pavilhão da Música e teria sido o único elemento preservado do antigo desenho da praça. O conjunto arquitetônico e paisagístico do local foi tombado pelo Iepha em 1977.

No início da década de 1990 a Prefeitura de Belo Horizonte, via Administração Regional Centro-Sul, com apoio de uma mineradora, restaurou inteiramente a praça, depois de minuciosos estudos sobre sua história e transformações ao longo do tempo. O projeto esteve a cargo da equipe da arquiteta Jô Vasconcelos. Essa última grande reforma retomou o traçado original do espaço nos anos 1920, época da visita dos reis belgas à capital. A entrega do espaço recuperado foi destaque das comemorações do 94º aniversário de Belo Horizonte, em dezembro de 1991.

Em estilo eclético, a estrutura metálica do monumento foi trazida da Europa e a base, construída em alvenaria. Debaixo da escadaria, uma parede preserva a pintura da época. Essa foi a referência para a equipe de restauro, chefiada por Maria Regina Ramos, refazer o desenho original com pigmento à base de cal que imita a textura e a cor de tijolinhos nas demais paredes, cobertas por tinta acrílica rosa, marrom e cinza. Conforme o relatório técnico, foram solucionados problemas como infiltração na cobertura e nas paredes do porão e drenagem no entorno do coreto. O investimento foi de R$ 194,4 mil.


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