Cerca de nove meses após a atriz Cecília Bizzoto, de 32 anos, ser assassinada durante uma tentativa de assalto dentro da casa onde morava com a família, no Bairro Santa Lúcia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, os três acusados do crime, indiciados por latrocínio, roubo seguido de morte, tiveram as sentenças anunciadasNa tarde desta quarta-feira, Gleisson Martins Horácio, 28 anos, foi condenado a 33 anos e 7 meses de reclusãoLuís Henrique da Silva Paulino, de 20 anos, a 24 anos de reclusão e Cléber Eduardo da Silva, 22 anos, a 28 anos e 9 meses de reclusão, todos em regime inicial fechado.
De acordo com informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, considerando a periculosidade dos réus demonstrada nas provas apresentadas durante o processo e a frieza e a crueldade com que praticaram o crime, que chocou a população, o juiz da 11ª Vara Criminal do Fórum Lafayette, Luís Fernando Nigro Corrêa, negou aos condenados o direito de recorrer em liberdade.
Cláudia Bizzoto, mãe da atriz, conta que o fim do processo é como virar uma página“Não posso afirmar que a justiça foi feita, porque minha filha não vai voltarMas, considerando os limites do nosso código penal, acho que esse é O máximo que podia ser feitoAgora, podemos viver nosso luto em paz, sem a sombra do julgamento e sem essa rotina de comparecer A audiências, O que, graças a Deus, chegou ao fim”, desabafOU.
Relembre o caso
Cecília foi morta durante um assalto à casa de sua famíliaEla, o irmão e a então cunhada foram surpreendidos quando chegavam em casa, por volta da meia-noite, em 7 de outubro, dia das eleições municipaisA atriz era militante política e atuou na campanha de um dos candidados à Prefeitura de Belo HorizonteSegundo amigos e familiares, ela estava ansiosa pelo confronto nas urnasMas a ação truculenta pôs fim à vida de Ciça, como era tratada pelos mais íntimos.
Os três foram friamente ameaçadosEnquanto Cléber ficou do lado de fora da casa, dando cobertura, Luiz e Glaisson vasculharam o imóvel em busca de dinheiro e objetos de valor para roubar
Duas semanas depois do crime, a polícia conseguiu localizar e prender Luiz Henrique e Glaisson, que permaneceram presos desde então no Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Região MetropolitanaDias depois a polícia encontrou Cléber, que foi para o Presídio de Bicas II, também na Grande BH