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Estado de Minas

Concessionárias cobram reparação financeira por danos após vandalismo


postado em 18/07/2013 06:00 / atualizado em 18/07/2013 06:43

Baderneiros entraram em revenda no dia 26 e levaram até documentos(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press 26/6/13)
Baderneiros entraram em revenda no dia 26 e levaram até documentos (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press 26/6/13)

 

Em busca de ressarcimento pelos prejuízos com depredações e saques ocorridos nas manifestações do mês passado, representantes do sindicato das concessionárias de carros de Minas se reuniram nessa quarta-feira com a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, e o secretário adjunto de Fazenda, Pedro Meneghetti. Os empresários alegaram que não são beneficiados pela prorrogação do pagamento do ICMS concedida aos comerciantes afetados, e voltaram a pedir compensação pelos danos sofridos.

“Disseram que o ressarcimento é praticamente impossível”, conta o presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de Minas Gerais (Sincodiv-MG), Mauro Pinto de Moraes. “A prorrogação do ICMS não tem nenhum valor para nós, é uma medida inócua. Quem recolhe esse imposto é a montadora. Nós já pagamos o carro com o tributo embutido. Mesmo assim, o governo disse que não há como fazer algo específico para nosso setor”, afirma Moraes.

Os donos das concessionárias cogitam acionar a Justiça. “Cada empresário afetado vai decidir o que fazer, do ponto de vista jurídico”, informa. Segundo ele, é possível que o grupo dê entrada em uma ação chamada litisconsórcio ativo, na qual há apenas um réu e diversos autores fazem a mesma demanda. O prejuízo de nove concessionárias foi orçado em R$ 16 milhões, nos cálculos do sindicato.

Análise

As queixas e propostas feitas na reunião de hoje serão encaminhadas pela secretária Dorothea Werneck aos órgãos competentes, que deverão analisá-las, segundo sua assessoria de imprensa. Não há prazo para que uma resposta seja dada aos comerciantes. Eles podem voltar a se reunir com representantes do governo, inclusive da área de segurança pública, já que os empresários cobram providências para que os ataques aos estabelecimentos não se repitam durante a Copa de 2014, se ocorrerem novas manifestações.

O Decreto nº 46.275, do dia 10, anunciou que os estabelecimentos comerciais com prejuízos “decorrentes das manifestações” ocorridas em junho podem pagar o ICMS de junho, julho e agosto em até três meses após a data de vencimento. Para ser beneficiado, o empresário deve apresentar uma cópia do Registro de Eventos de Defesa Social.


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