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Estado de Minas

Mãe social vai parar na delegacia suspeita de manter criança em cárcere

O caso aconteceu na Casa Lar de Varginha, Sul de Minas. A versão da mulher é de que a menina ficou provisoriamente isolada porque estava brigando com um irmão. Ela foi levada à força para a delegacia e PMs apontaram que houve desacato


postado em 19/07/2013 11:06

Uma mãe social foi parar na delegacia em Varginha, no Sul de Minas Gerais, suspeita de manter uma menina de 4 anos em cárcere privado. Maria Auxiliadora de Jesus é responsável pela Casa Lar, no Bairro Vila Pinto, e acolhe temporariamente crianças encaminhadas pela prefeitura ou Conselho Tutelar. A versão da mulher e de outras crianças acolhidas é de que a menina ficou provisoriamente isolada porque estava brigando com um irmão.

Na última quarta-feira, a Polícia Militar (PM) recebeu uma denúncia de vizinhos de que uma menina era mantida presa em um quarto da casa. Os policiais foram até o endereço para verificar e foram recebidos por Maria Auxiliadora. De acordo com a polícia, ela mostrou muita resistência na vistoria, mas acabou abrindo a porta do cômodo onde uma criança estava presa. A mulher negou os maus tratos e foi orientada pelos militares a comparecer à delegacia.

Ela resistiu e precisou ser levada à força até a unidade policial, onde foi ouvida e liberada. Os militares consideraram que houve desacato. De acordo com o delegado Thiago Sales e Silva, responsável pelo inquérito que vai apurar o caso, a mãe social assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência e será convocada a comparecer no juizado. Todas as crianças que moram na Casa Lar serão ouvidas com a presença de conselheiros, incluindo os irmãos das menina que estava no quarto.

O secretário de Habitação e Desenvolvimento Social, José Manoel Magalhães, informou que a Casa Lar está funcionando normalmente. Maria Auxiliadora continua cuidando dos menores, que estão sob acompanhamento de psicólogos e de assistente social. Magalhães disse que a secretaria está considerando a versão da mãe social de que separou a menina, porque ela brigou com o irmão. A criança fez barulho e chutou a porta, o que pode ter chamado atenção de vizinhos. O secretário ainda relatou que, tanto Maria Auxiliadora quando o militar que apontou o desacato, ficaram muito exaltados durante o atendimento da ocorrência.


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