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Estado de Minas

Mais um policial militar é preso por envolvimento em crimes no Vale do Aço

Oficial trabalhava em centro de tecnologia na Gameleira, em Belo Horizonte


postado em 19/07/2013 18:19 / atualizado em 19/07/2013 19:33

O fotógrafo Walgney Carvalho (Esq.) e o jornalista Rodrigo Neto (Dir.) denunciavam um suposto grupo de extermínio que atuava na região. Ambos foram assassinados(foto: Reprodução / Facebook)
O fotógrafo Walgney Carvalho (Esq.) e o jornalista Rodrigo Neto (Dir.) denunciavam um suposto grupo de extermínio que atuava na região. Ambos foram assassinados (foto: Reprodução / Facebook)

A Polícia Civil prendeu, na tarde desta sexta-feira, mais um policial militar que teria envolvimento nos homicídios ocorridos na Região do Vale do Aço. O homem é um oficial lotado no Centro de Tecnologia e Telecomunicações, localizado na Gameleira, em Belo Horizonte, e teve a identidade preservada para não prejudicar as investigações.

A ordem de prisão foi expedida pela juíza Ludmila Lins Grilo, da comarca de Ipatinga, e se baseou em apurações realizadas pelo Departamento de Investigações de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). O PM está recolhido em um batalhão da corporação, onde permanecerá à disposição da Justiça até o julgamento.

Entenda o caso

Morto a tiros em março no Bairro Canaã, em Ipatinga, o jornalista Rodrigo Neto trabalhava na região e denunciava a atuação de um grupo de extermínio que agia no Vale do Aço. Na primeira semana de maio, um fotógrafo freelancer do Jornal Vale do Aço também foi assassinado. Walgney Carvalho, que trabalhava nas apurações dos casos com Rodrigo, foi executado a tiros dentro de um pesque-pague que costumava frequentar em Coronel Fabriciano, na Região do Rio Doce. Um homem encapuzado chegou armado e atirou três vezes à queima-roupa contra a vítima. Após as mortes, a onda de violência começou a ser investigada.

Desde abril deste ano, quando o DHPP assumiu as investigações do caso, oito policiais foram presos, seis civis e dois militares. Cinco deles tiveram a prisão temporária prorrogada pela Justiça.

Entre os presos por suspeita dos assassinatos na região estão o médico-legista José Rafael Americano, que já deixou a Casa de Custódia da Polícia Civil após conseguir um alvará de soltura, os investigadores José Cassiano Ferreira Guarda, Leonardo Correa, Ronaldo de Oliveira Andrade e Gini Cassiano, além do soldado Vitor Emanuel Miranda de Andrade.


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