O evento leva o nome de Tweed Ride, em referência a um passeio com roupas de lã, típicas da estação de inverno“A ideia é mostrar que existe outra cultura de bicicleta diferente do mountain bikeAs pessoas não precisam usar somente roupas de esporte para pedalarPodem andar arrumadas, elegantes e, ainda assim, saírem de bicicleta”, conta a linguista Renata Aiala, uma das organizadoras do passeioAmante da magrela, Renata pedala cerca de 10 quilômetros diariamente no trajeto de ida e volta entre sua casa, no Bairro Santa Tereza (Leste), e o Bairro de Lourdes (Centro-Sul), onde trabalhaVai de camiseta em dias de calor e não se intimida com a falta de banheiro para se refrescar na hora da chegada
Em uma tarde agradável, com temperatura amena do inverno belo-horizontino e um belo jardim, o piquenique foi regado a uma boa conversa, além de um saboroso cardápio que incluía sucos, frutas, sanduíches e salgadosA primeira edição do evento foi um sucesso, segundo a coordenadora do Museu Mineiro, Andreia Debernardi“É uma prática comum em todo o mundo aproveitar os espaços verdes e o compartilhamos agora com o movimento de pedalar com elegância.”
SEM FANTASIA O convite para o evento que reuniu ciclistas de toda a cidade foi inspirado na obra do artista Márcio Sampaio, que reproduz um piqueniqueA elegância da roupagem, a beleza da bicicleta antiga levou a estudante de design Andrea Cópio a comparecer ao museu
Adeptos cobram mais respeito
A falta de faixas exclusivas para ciclistas é um incômodo para quem pedala, mas não um empecilhoComo afirma a linguista Renata Aiala, uma das organizadoras do Tweed Ride, é preciso estar atento e respeitar o lado direito da via para trafegarÀ noite, é importante que o ciclista sinalize sua presença no trânsito por meio de luzes
Por outro lado, os ciclistas cobram mais respeito de motoristas, motociclistas e pedestres“Não estamos invadindo o espaço dos carrosTemos o direito de andar pela via e precisamos ter esse direito preservadoQuanto maior for o número de bicicletas na rua, melhor será o trânsito da cidade”, lembra
Ainda assim é preciso ter cuidado, já que os ciclistas são parte frágil no trânsitoQuedas e acidentes envolvendo bicicletas estão entre os cinco atendimentos mais frequentes no Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIIIBalanço parcial do HPS mostra que, de janeiro a julho de 2012, último dado disponível, 736 pacientes foram socorridos em decorrência de acidentes ciclísticosEm 2011, foram 1.229 pessoas atendidas por esse motivo, uma média de mais de três pacientes por dia(VL)
Palavra de
especialista
Silvestre de Andrade Puty Filho, engenheiro civil e mestre na área de transportes
Pedalar em BH ainda é desafio
“É possível usar a bicicleta em Belo Horizonte para as atividades diárias como ir ao trabalho ou para passear, principalmente porque a cidade vem adotando um modelo de trânsito com espaço para elaMas há alguns cuidados que devem ser adotados para não se expor a riscosNa hora de programar o trajeto, escolha caminhos mais tranquilos, que seguem por fundos de vale e com menos subidas fortesA escolha da bicicleta também é importanteAs de marcha facilitam os deslocamentos em BH, onde as condições topográficas não são tão favoráveis à pedaladaTambém é importante estar bem equipado e se fazer visto por motoristas, motociclistas e pedestresAndar de bicicleta na cidade ainda é um desafio, pois existem poucas ciclovias e a bike é um elemento novo no cenário urbanoAté há pouco tempo, a conotação dada à bicicleta era de uso para o mountain bike ou para o lazerNo máximo, para deslocamentos próximos de casaMas a capital mineira caminha para uma revitalização dos transportes e o uso da bicicleta está cada vez mais disseminadoIniciativas que incentivem a bicicleta são muito bem-vindas e podem contribuir para uma mudança de cultura.”
especialista
Silvestre de Andrade Puty Filho, engenheiro civil e mestre na área de transportes
Pedalar em BH ainda é desafio
“É possível usar a bicicleta em Belo Horizonte para as atividades diárias como ir ao trabalho ou para passear, principalmente porque a cidade vem adotando um modelo de trânsito com espaço para elaMas há alguns cuidados que devem ser adotados para não se expor a riscosNa hora de programar o trajeto, escolha caminhos mais tranquilos, que seguem por fundos de vale e com menos subidas fortesA escolha da bicicleta também é importanteAs de marcha facilitam os deslocamentos em BH, onde as condições topográficas não são tão favoráveis à pedaladaTambém é importante estar bem equipado e se fazer visto por motoristas, motociclistas e pedestresAndar de bicicleta na cidade ainda é um desafio, pois existem poucas ciclovias e a bike é um elemento novo no cenário urbanoAté há pouco tempo, a conotação dada à bicicleta era de uso para o mountain bike ou para o lazerNo máximo, para deslocamentos próximos de casaMas a capital mineira caminha para uma revitalização dos transportes e o uso da bicicleta está cada vez mais disseminadoIniciativas que incentivem a bicicleta são muito bem-vindas e podem contribuir para uma mudança de cultura.”