Jornal Estado de Minas

Santa Luzia

Ônibus continuam a abalar patrimônio histórico

Coletivo voltaram a trafegar no Centro Histórico de Santa Luzia, fundada durante o Ciclo do Ouro, no século 17

Flávia Ayer

Em Santa Luzia, transporte é motivo de polêmica - Foto: Cristina Horta/EM/D.A Press

Apesar do risco ao patrimônio, ônibus voltaram a trafegar no Centro Histórico de Santa Luzia, fundada durante o Ciclo do Ouro, no século 17Um acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) liberou o trânsito dos coletivos na Rua Direita, onde se concentra o casario tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG)O Ministério Público estadual tenta mudar a situação.

O trânsito de veículos pesados como caminhões, carretas e ônibus convencionais foi proibido em 2011, por meio de liminar conseguida na Justiça pelo MP“O trânsito pesado estava degradando o patrimônio e alterando as estruturas dos imóveisA circulação no Centro Histórico deveria ser feita exclusivamente por microônibusEstamos elaborando relatório demonstrando o não cumprimento dessa decisão”, afirma a promotora de Justiça da 6ª Promotoria de Santa Luzia, Vanessa Campolina Rebello Horta.

Na quarta-feira, o Estado de Minas flagrou um ônibus de grande porte com dificuldade de fazer a curva para sair da Rua Direita, em direção à Rua SerroNa esquina está o Solar Teixeira da Costa (Casa da Cultura e Museu), protegido pelo IphanA professora Alice Araújo, de 57, evita até caminhar pela calçada“Eles passam muito perto da Casa de CulturaDá até medo, de tão estreito”, alertaPor meio de nota, a prefeitura informou que o acordo para tráfego de ônibus foi feito com o Tribunal de Justiça devido a reivindicação dos próprios moradores.