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Estado de Minas

Municípios aguardam há quatro anos liberação de verba para cidades históricas

Oito cidades mineiras que terão recursos Programa de Aceleração do Crescimento das Cidades Históricas


postado em 21/07/2013 06:00 / atualizado em 21/07/2013 08:18

Ariely Silva, de Caeté: cidade não valorizou potencial(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Ariely Silva, de Caeté: cidade não valorizou potencial (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Depois de quatro anos, expectativa para a liberação dos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento das Cidades Históricas. Segundo a superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Minas, Michele Arroyo, já está fechada a lista das obras nas oito cidades mineiras que terão recursos. “Só estamos aguardando o anúncio da presidente Dilma Rousseff, que pode fazer isso a qualquer momento. A divulgação seria em 11 de julho, mas acabou adiada”, afirma.

Com recursos de R$ 1,3 bilhão, o PAC Cidades Históricas promete investir não apenas em projetos de restauração, mas em ações de infraestrutura, como a adequação de calçadas, mudanças de trânsito e sinalização interpretativa. Em Minas, participam do PAC Ouro Preto, Congonhas e Diamantina, por serem declaradas Patrimônio da Humanidade, além de Belo Horizonte, Mariana, Sabará, São João del-Rei e Serro.

Quarenta e quatro municípios brasileiros têm expectativa de investimentos. Lançado em 2009, o programa chegou a Minas no ano seguinte com a promessa de investir R$ 254 milhões até este ano em 20 municípios, o que, apesar dos compromissos, não deixa de trazer desconfiança. “Não deposito esperança na liberação desses recursos. Acredito que o melhor é que os municípios comecem a adotar medidas singelas com resultado eficiente, como instalação de balizas nas entradas dos centros históricos impedindo a entrada de veículos pesados”, ressalta o promotor Marcos Paulo de Souza Miranda.

Confiante na liberação dos recursos, a superintendente do Iphan em Minas afirma que, além do PAC, o instituto está se organizando para tentar se aproximar das comunidades, deixando de ser apenas um órgão de aprovação de projetos. “Estamos pensando em formas de estreitar o relacionamento, ajudando na elaboração dos projetos e garantindo a preservação. É óbvio que pessoas que moram em casas de 300 anos vão querer fazer reformas, a questão é ajudar os moradores a achar soluções”, afirma Michele Arroyo, que organiza um seminário previsto para o ano que vem no qual serão abordados esses desafios.


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