A funcionária trabalhava no posto de atendimento telefônico, fazendo marcação de serviços de instalação de TV a caboDurante os depoimento do processo, uma testemunha disse que viu a supervisora chamar a ex-empregada de "sapatão", "coisinha" e "bruxaNa ocasião, a subordinada foi ao banheiro chorar e pouco tempo depois, foi dispensada do empregoAlém das ofensas, a chefe colocava a atendente para se sentar ao fundo da sala e que chegou a aconselhar os demais a não se sentarem perto dela, porque sofreriam "má influência"Outra testemunha disse que foi alertada pela supervisora para não ficar próxima à atendente porque ela era lésbica
Para a juíza, ficou comprovado que a empresa, por intermédio da supervisora, criou um clima tenso e hostil para a trabalhadora, com discriminação, humilhações e até segregação no ambiente de trabalho"Trata-se de nítida ofensa à dignidade da empregada, bem como ao direito à honra e a imagem da pessoa humana", destacouSegundo a magistrada, a empresa ultrapassou os limites de seu poder diretivo e disciplinar, incorrendo em verdadeiro abuso de direito