A Polícia Civil em Leopoldina, na Zona da Mata, concentra esforços para tentar identificar as nove vítimas carbonizadas no acidente com uma carreta tanque que transportava combustível pela BR-116, no fim da tarde de segunda-feira. O corpo do motorista só foi retirado do que sobrou do veículo destruído na manhã de ontem porque ainda havia focos de incêndio na cabine. Numa curva do km 781,5 da Rio-Bahia, entre Leopoldina e Além Paraíba, a carreta com 40 mil litros de óleo diesel e gasolina tombou e se arrastou pela contramão, chocando-se contra cinco carros. Houve explosão e três veículos, além da carreta, acabaram pegando fogo. Testemunhas afirmam que o motorista dirigia em alta velocidade no trecho, cujo máximo permitido é de 40 km/h. Segundo o delegado Paulo Henrique Marinho, as causas do acidente serão apuradas. Todas as famílias já foram avisadas e, de acordo com o delegado, algumas delas cederam amostras de sangue para o exame de DNA.
No entanto, o delegado já tem uma lista de nomes e procura identificar as vítimas com base em alguns depoimentos de sobreviventes. O motorista, segundo ele, era de Manhuaçu e vinha do Rio de Janeiro. “Ontem (segunda), nem sequer conseguimos saber a placa do caminhão porque ficou tudo queimado. Só agora estamos procurando a empresa. Num primeiro momento, nosso interesse é saber quem estava em que carro, quem é quem. Daí o cuidado em divulgar os nomes”, disse Paulo Henrique. Na Casa de Caridade, João Adão Batista, de 57 anos, foi atendido com ferimentos leves e teve alta ontem de manhã. Marta da Silva Fernandes, de 48, moradora do Rio, continua internada e seu estado é estável. Uma das vítimas foi transferida para o Rio e outra, para Juiz de Fora.
Vazamento
O acidente provocou vazamento de óleo no Ribeirão Pirapetinga, que corta a cidade de Leopoldina. Com isso, a Copasa interrompeu o abastecimento de água no município ainda na noite de segunda, solicitando aos moradores que têm reservatório que evitassem o desperdício e economizassem água. Até o fim da tarde de ontem, técnicos monitoravam a qualidade das águas do ribeirão e a cidade toda continuava sem água.
CINCO CORPOS NO IML DE BH
Os corpos das cinco vítimas de um acidente com uma Kombi, no início de julho, na BR-381, em Itaguara, continuam sem identificação no IML de BH. O prazo para a conclusão dos exames de DNA é de 30 dias, segundo a Polícia Civil. Na noite do dia 3, a Kombi que pertencia à Secretaria de Saúde de Poços de Caldas e um carro de passeio se envolveram na batida, na altura do km 561 da rodovia, num trecho conhecido como “Curva da Santa”. Antes do incêndio, dois adultos e duas crianças conseguiram escapar. Com a explosão, quatro pessoas que ficaram presas às ferragens acabaram carbonizadas. A quinta vítima estava no carro.
BEBÊ SOBREVIVE A ACIDENTE