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Estado de Minas DNA PARA IDENTIFICAR VÍTIMAS

Polícia Civil colhe amostras de sangue de parentes dos mortos no acidente na BR-116

Nove pessoas foram carbonizadas após explosão de carreta de combustível


postado em 31/07/2013 06:00 / atualizado em 31/07/2013 06:40

 

Caminhão carregava 40 mil litros de óleo diesel e gasolina e, ao tombar, bateu em cinco carros, três deles explodiram com a bitrem(foto: João Gabriel B. Meneghite /Jornal Leopoldinense)
Caminhão carregava 40 mil litros de óleo diesel e gasolina e, ao tombar, bateu em cinco carros, três deles explodiram com a bitrem (foto: João Gabriel B. Meneghite /Jornal Leopoldinense)


A Polícia Civil em Leopoldina, na Zona da Mata, concentra esforços para tentar identificar as nove vítimas carbonizadas no acidente com uma carreta tanque que transportava combustível pela BR-116, no fim da tarde de segunda-feira. O corpo do motorista só foi retirado do que sobrou do veículo destruído na manhã de ontem porque ainda havia focos de incêndio na cabine. Numa curva do km 781,5 da Rio-Bahia, entre Leopoldina e Além Paraíba, a carreta com 40 mil litros de óleo diesel e gasolina tombou e se arrastou pela contramão, chocando-se contra cinco carros. Houve explosão e três veículos, além da carreta, acabaram pegando fogo. Testemunhas afirmam que o motorista dirigia em alta velocidade no trecho, cujo máximo permitido é de 40 km/h. Segundo o delegado Paulo Henrique Marinho, as causas do acidente serão apuradas. Todas as famílias já foram avisadas e, de acordo com o delegado, algumas delas cederam amostras de sangue para o exame de DNA.

Entre os mortos estão um bebê de 40 dias que viajava com a mãe. De acordo com o delegado, as vítimas moram no Rio de Janeiro, São Paulo e interior de Minas. Oito pessoas também ficaram feridas, duas delas em estado grave. Uma jovem de 24 anos foi identificada por dedução e está com 85% do corpo queimado, internada no CTI da Casa de Caridade Leopoldinense. Ela é universitária e estuda em Volta Redonda, no interior do Rio. A moça estava com três amigas, todas estudantes naquela cidade, que morreram carbonizadas. A família da jovem mora em São José dos Campos, em São Paulo, e ontem ainda não havia chegado a Leopoldina. Todas as amostras serão encaminhadas ao Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte para análise. Jornais das cidades perto de onde houve o acidente divulgaram os nomes das três jovens mortas, que são estudantes de medicina em uma universidade particular de Volta Redonda, mas a informação não foi confirmada pela Polícia Civil até a noite de ontem.

No entanto, o delegado já tem uma lista de nomes e procura identificar as vítimas com base em alguns depoimentos de sobreviventes. O motorista, segundo ele, era de Manhuaçu e vinha do Rio de Janeiro. “Ontem (segunda), nem sequer conseguimos saber a placa do caminhão porque ficou tudo queimado. Só agora estamos procurando a empresa. Num primeiro momento, nosso interesse é saber quem estava em que carro, quem é quem. Daí o cuidado em divulgar os nomes”, disse Paulo Henrique. Na Casa de Caridade, João Adão Batista, de 57 anos, foi atendido com ferimentos leves e teve alta ontem de manhã. Marta da Silva Fernandes, de 48, moradora do Rio, continua internada e seu estado é estável. Uma das vítimas foi transferida para o Rio e outra, para Juiz de Fora.

Vazamento

O acidente provocou vazamento de óleo no Ribeirão Pirapetinga, que corta a cidade de Leopoldina. Com isso, a Copasa interrompeu o abastecimento de água no município ainda na noite de segunda, solicitando aos moradores que têm reservatório que evitassem o desperdício e economizassem água. Até o fim da tarde de ontem, técnicos monitoravam a qualidade das águas do ribeirão e a cidade toda continuava sem água.


CINCO CORPOS NO IML DE BH
Os corpos das cinco vítimas de um acidente com uma Kombi, no início de julho, na BR-381, em Itaguara, continuam sem identificação no IML de BH. O prazo para a conclusão dos exames de DNA é de 30 dias, segundo a Polícia Civil. Na noite do dia 3, a Kombi que pertencia à Secretaria de Saúde de Poços de Caldas e um carro de passeio se envolveram na batida, na altura do km 561 da rodovia, num trecho conhecido como “Curva da Santa”. Antes do incêndio, dois adultos e duas crianças conseguiram escapar. Com a explosão, quatro pessoas que ficaram presas às ferragens acabaram carbonizadas. A quinta vítima estava no carro.

 

 

BEBÊ SOBREVIVE A ACIDENTE

(foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
(foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Duas mulheres morreram e um bebê sobreviveu após o carro em que estavam sair da pista e cair no leito do Rio do Peixe, em Lima Duarte, na Zona da Mata. O acidente ocorreu na manhã de ontem, na altura do km 16 da BR-267, e, de acordo com os bombeiros, após uma queda de 80 metros, o bebê foi arremessado para fora do veículo. Ele foi socorrido às pressas e levado para a Santa Casa de Juiz de Fora. Ainda segundo os bombeiros, o corpo da mãe do bebê, Marcileia Aparecida Ávila, de 28 anos, foi encontrado dentro do veículo enquanto a avó Maria Aparecida Vieira, de 69, estava na água, fora do carro. As causas do acidente ainda serão investigadas.


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