Morreu às 4h45 desta quarta-feira a 10ª vítima do grave acidente na BR-116 em Leopoldina, na Zona da Mata de Minas. A jovem de 24 anos estava com 95% do corpo queimado, internada no CTI da Casa de Caridade Leopoldinense. Ela era universitária e estuda em Volta Redonda, no interior do Rio. A moça estava com três amigas, todas estudantes naquela cidade, que morreram carbonizadas no acidente. Os familiares dela estiveram no hospital durante a madrugada e logo pela manhã liberaram o corpo da jovem.
No fim da tarde de segunda-feira, numa curva do km 781,5 da Rio-Bahia, entre Leopoldina e Além Paraíba, uma carreta tanque com 40 mil litros de óleo diesel e gasolina tombou e se arrastou pela contramão, chocando-se contra cinco carros. Houve explosão e três veículos, além da carreta, acabaram pegando fogo. Testemunhas afirmam que o motorista dirigia em alta velocidade no trecho, cujo máximo permitido é de 40 km/h.
Segundo o delegado Paulo Henrique Marinho, as causas do acidente serão apuradas. Todas as famílias já foram avisadas e, de acordo com o delegado, algumas delas cederam amostras de sangue para o exame de DNA.
Entre os mortos estão um bebê de 40 dias que viajava com a mãe. De acordo com o delegado, as vítimas moram no Rio de Janeiro, São Paulo e interior de Minas. Todas as amostras de DNA das famílias serão encaminhadas ao Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte para análise.
Vazamento
O acidente provocou vazamento de óleo no Ribeirão Pirapetinga, que corta a cidade de Leopoldina. Com isso, a Copasa interrompeu o abastecimento de água no município ainda madrugada de terça-feira, solicitando aos moradores que têm reservatório que evitassem o desperdício e economizassem água. Técnicos monitoram a qualidade das águas do ribeirão e a cidade toda continua sem água.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente de Leopoldina, a empresa dona da carreta contratou uma especializada em problemas ambientais para fazer a limpeza da água. Os especialistas estão avaliando tanto a qualidade da água, quanto os impactos na vegetação às margens do rio. A Copasa coletou amostras da água para análise e divulgará informações ainda nesta quarta-feira.
Relembre caso de contaminação
Os moradores de Barbacena, na Região Central de Minas, ficaram sem água em abril deste ano por causa do derramamento de mais de 40 mil litros de óleo diesel no curso d’água do Rio das Mortes. O combustível foi furtado de um oleoduto da Petrobras na região e, a carreta bitrem que transportava o material roubado ficou atolada numa estrada vicinal. O motorista Fábio Mendes de Castro, de 38 anos, despejou a carga no rio.