Quando foi questionado pela paciente, em novembro de 2008, o médico, Jorge Toledo Rennó afirmou que não havia cisto para ser retirado e que não podia fazer nada quanto ao procedimento cirúrgicoDiante da resposta, a mulher consultou outro profissional e foi informada que o tumor permanecia no localPor causa disso, teve de passar novamente por uma cirurgia, em dezembro de 2009
A paciente afirmou que, devido à cirurgia mal sucedida, ela desenvolveu um quadro de depressão, além de dores físicas, constrangimento e afliçõesAlém disso, alegou que teve gastos e períodos de inatividade laboral, o que a levou a entrar na Justiça contra o médico, pedindo o ressarcimento de R$ 1,9 mil por despesas hospitalares e indenização por danos morais.
O médico alegou que o procedimento para extração de um cisto ósseo na bacia foi bem-sucedidoEle sustentou que as duas cirurgias eram necessárias e tinham finalidades distintas: uma retirou o cisto e a outra incluiu uma prótese devido à perda de cartilagem nas articulações do osso Em maio de 2012, o pedido foi julgado improcedente, pois o juiz José Dimas Rocha Martins Guerra entendeu que nenhuma lesão incapacitante decorreu da primeira cirurgia
Os desembargadores José Marcos Rodrigues Vieira, Francisco Batista de Abreu e Sebastião Pereira de Souza, que julgaram o recurso, foram unânimes na mudança da sentença a favor da pacientePara os magistrados, ficou evidente, pela perícia, que a auxiliar sofreu uma intervenção supérflua cuja recuperação, no pós-operatório, foi dolorosa, o que configura ato ilícito.
O relator do recurso, desembargador José Marcos Rodrigues Vieira, fixou os danos materiais em R$ 1,4 milEm relação aos danos morais, ele determinou o pagamento de indenização de R$ 10 mil.
Com informações do TJMG