“Como vamos imaginar que vão passar carros por aqui, se a pista está em obras e não tem nenhuma placa. Isso é muito perigoso, principalmente para quem for de mais idade e tiver dificuldade para desviar”, avaliou o advogado Raul Faria, de 42 anos, que mora no bairro e cruza a via diariamente. O trânsito nas pistas está liberado desde 19 de junho e de acordo com a BHTrans só será fechado quando o BRT estiver em funcionamento, o que está previsto para o início do ano que vem.
De acordo com a BHTrans, uma campanha educativa foi feita na época da liberação do tráfego na pista exclusiva de ônibus, com o objetivo de orientar os pedestres que fazem a travessia pelo local. A própria empresa percebeu a importância disso, ao dizer, na ocasião, que isso seria feito porque “os pedestres que atravessam a pista do meio (exclusiva ao BRT) já não estão mais habituados ao trânsito de veículos”.
Sobre o comportamento dos operários e os riscos no canteiro de obras do BRT, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) informou que não tem números relativos a acidentes de trabalho nos espaços em que ocorrem as obras de mobilidade, justificando que cada intervenção é de responsabilidade de uma empreiteira. Ainda de acordo com Sudecap, os locais são fiscalizados por engenheiros da prefeitura e devem cumprir com todas as medidas de segurança, sob pena de não receberem os pagamentos acordados, como está previsto no edital de licitação dessas obras.