Moradores do povoado Pires, localizado próximo a Congonhas, na Região Central de Minas Gerais, liberaram a BR-040 às 16h40 desta terça-feira. A rodovia ficou fechada por quase 12 horas pelos manifestantes. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o congestionamento atingiu os 10 quilômetros no sentido Rio de Janeiro/Belo Horizonte e no contrafluxo.
O protesto começou às 4h50. Os moradores exigem a construção de duas passarelas na região onde, segundo eles, o trecho registra atropelamentos e acidentes graves há 30 anos. Pelo menos 60 pessoas teriam morrido no local. Os manifestantes montaram uma barreira com pneus e outros objetos para impedir o trânsito. Também confeccionaram cruzes com os nomes das pessoas que perderam a vida no km 603 da BR-040.
Militares do Batalhão de Choque ficaram no local, com cães farejadores, desde o início do protesto. Policiais da PRF também tentaram conversar com os manifestantes, que estavam irredutíveis. No final da manhã, os líderes do movimento prometeram liberar a via às 17h. Porém, o trânsito recomeçou a fluir 20 minutos antes do prazo estipulado.
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), duas reuniões foram realizadas com os moradores para tentar solucionar os problemas levantados. Nos encontros, ficou acordada a construção de um redutor de velocidade, que foi instalado no trecho. Porém, segundo os manifestantes, o aparelho não é solução, pois os motoristas reduzem a velocidade quando se aproximam dele e, em seguida, voltam a acelerar.
Ainda segundo o Dnit, o órgão não tem dinheiro para construir as passarelas de imediato. O protesto seguiu de forma pacífica. Os moradores informaram que vão continuar as manifestações até que o problema seja resolvido.