“Tudo o que vem para agregar e melhorar as condições de segurança é bom”, avalia o arquiteto e morador do bairro Kléber Gonçalves, de 70 anos, sobre a adesão à rede de vizinhos protegidosMas ele avisa: “Sei que não há proposta de intensificar patrulhamento, mas vamos pleitear”Kléber conta que foi síndico em um prédio na Rua Antônio Aleixo, onde havia o que ele chama de “visita tranquilizadora”“Os policiais passavam pelas ruas e conversavam com moradores e porteiros”, lembraSegundo a presidente da Associação de Moradores PróLourdes, Lúcia Pinheiro Rocha, a iniciativa atende a pedido dos moradores“Conversávamos desde 2011 e a adesão foi gradual
Até o fim da semana, todos os imóveis que aderiram ao programa deverão receber as placas indicativasEntre moradores, a expectativa é por um pouco mais de tranquilidadeMoradora da Rua Curitiba, a psicanalista Maria Auxiliadora Lage Guerra, de 60 anos, acredita que as placas instaladas na frente dos prédios podem inibir a ação dos criminosos e considera positivo ter uma comunicação mais rápida com a polícia“Não conheço a psicologia do bandido, mas suponho que ele atue em lugares menos protegidos”, disseEla conta que um assalto recente na Rua Alvarenga Peixoto acendeu o sinal de alerta na vizinhança“Moro numa área de muito movimento de bares e restaurantes, que de certa forma pode dar mais segurançaMas pode ter gente ali acompanhando a movimentação de moradores, sacando a rotina”, diz
Segundo a PM, mais de 7 mil famílias em toda a cidade integram a Rede de Vizinhos Protegidos por meio de 500 redesPara o major Carlos Alves, comandante da 4ª Companhia da PM, a chegada do programa a Lourdes é um marco“É um bairro com características diferentes daqueles que normalmente aderem (à rede de vizinhos) porque são edifícios onde as relações acabam mais distanciadas”, considera
PALAVRA DE ESPECIALISTA: ROBSON SÁVIO REIS SOUZA, ESPECIALISTA EM SEGURANÇA PÚBLICA
Colaboração importante
“O programa (Rede de Vizinhos Protegidos) é um elemento importante para maior colaboração das pessoas, que passam a denunciar e a se preocupar com os outrosSe há um evento diferente, um aciona outros, que chamam a políciaIsso inibe a ação de marginaisNão pode é haver favorecimentoEsse tipo de aproximação com associações e comerciantes não deve implicar em troca para a compra de rádios de comunicação ou de uma moto, por exemplo, com direcionamento da segurança pública para quem pode oferecer o que o estado não pode.”