Ainda conforme Sérgio Fernando, o que se viu na Câmara foi muito grave e merece ser analisado criticamenteSegundo Fernando, as denúncias fazem com que a fala do prefeito Marcio Lacerda (PSB), que disse que os manifestantes tinham preguiça de procurar no site da BHTrans as informações do transporte na capital, seja um encarada de outra forma“Para esse grupo, infelizmente, preguiçoso é um elogio”, afirmou.
Já o vereador Adriano Ventura (PT) saiu em defesa dos manifestantesSegundo ele, a decisão de ocupar pela segunda vez a Câmara não foi da Assembleia Popular Horizontal (APH) - que geralmente esteve à frente dos protestos na capital -, mas de um grupo isoladoVentura disse ser contrário a violência e pediu que seus pares não classifiquem as ações denunciadas como sendo a atitude de todo o grupo“Toda vez que dizem que todo político é corrupto, tenho certeza que não estão falando para nós aqui
Denúncia
As integrantes da ocupação – a segunda desde o início dos protestos que tomaram conta do país em junho – acusaram alguns dos acampados de proteger os agressores e de tentar desqualificar as denúncias e as vítimasNenhum participante do movimento na Câmara quis comentar as acusaçõesEles divulgaram uma nota admitindo os casos de violência e dizendo que as mulheres do grupo chegaram a propor a expulsão dos agressores, o que não foi aceito pela maioriaPor causa dessa decisão, algumas abandonaram a ocupação.
De acordo com a titular da Delegacia de Mulheres, Elizabeth Freitas, uma das supostas vítimas registrou a queixa de estupro no plantão de ontem e já foi ouvida em cartório“Um inquérito policial será aberto para apurar a denúnciaEla cita o nome do suposto autor e relata que foi abusada dentro da Câmara Municipal de Belo Horizonte”, informou a policialOutros relatos de supostos abusos, inclusive durante a primeira ocupação em junho, também foram motivo de comentários na rede.
Com informações de Alessandra Mello e Pedro Ferreira