A 2ª Marcha contra o crack e outras drogas levou pelo menos 20 mil pessoas às ruas de Belo Horizonte na manhã deste sábado. O número é superior ao registrado no ano passado, quando 15 mil ganharam as ruas. O evento é promovido pela Assembleia Legislativa com apoio do governo estadual, prefeitura e vários setores da sociedade.
Alunos do ensino médio de 99 escolas da rede municipal, integrantes de entidades terapêuticas e de saúde e membros da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) se concentraram a partir das 8h30 em frente ao Colégio Estadual Central, no Bairro de Lourdes, Região Centro-Sul de BH. Empunhando faixas e instrumentos musicais, o grupo iniciou a passeata às 11h, quando se dirigiu ao prédio da Assembleia, no Bairro Santo Agostinho. Para o presidente da ALMG, Dinis Pinheiro (PSDB), a march "vem marcar a continuidade do trabalho da Assembleia na luta contra essa tragédia que vem dizimando nossa juventude, que é o consumo de drogas, em especial o crack”.
“A primeira teve uma participação muito forte, uma solidariedade bem acentuada dos mineiros. Foi uma marcha realmente vibrante. Temos que abrir uma verdadeira guerra contra o crack, o grande malefício da sociedade contemporânea”, destaca Pinheiro.
O deputado lembra que, além da realização da marcha em 2012, foi instituída uma comissão permanente no Legislativo estadual para enfrentamento do uso de crack. “Agora será realizada essa segunda marcha em parceria com as comunidades terapêuticas, com a sociedade, a Secretaria de Estado da Educação, entre outros, justamente para despertar a necessidade de enfrentamento desse drama, realmente doloroso, para todos os brasileiros”, completou.
Após a passeata, que seguiu pelas Avenidas do Contorno e Olegário Maciel, o grupo voltou a concentrar em frente ao edifício da ALMG, onde foram realizadas atividades de confraternização.
O Brasil tem 1 milhão de dependentes de cocaína e concentra 20% do consumo mundial de cocaína/crack. E o mais alarmante: 45% dos brasileiros experimentaram cocaína pela primeira vez antes dos 18 anos e 48% dos usuários desenvolveram dependência. Os dados são do II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (II Lenad), do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas (Inpad), cujos resultados preliminares foram divulgados este ano.