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Estado de Minas

Veja quais cidades de Minas receberão médicos estrangeiros ou formados no exterior

Ministério da Saúde divulga cidades escolhidas por profissionais com diplomas válidos no Brasil ou formados no exterior, que se inscreveram para atuar no programa federal


postado em 12/08/2013 06:00 / atualizado em 12/08/2013 07:36

Pacientes aguardam atendimento em Venda Nova: procura por vagas em BH é maior que no interior(foto: Cristina Horta/EM/DA Press - 18/2/11)
Pacientes aguardam atendimento em Venda Nova: procura por vagas em BH é maior que no interior (foto: Cristina Horta/EM/DA Press - 18/2/11)


Minas Gerais deve receber 10,4% dos profissionais com diplomas internacionais que se inscreveram no programa Mais Médicos, do governo federal. Dos 715 estrangeiros ou brasileiros que se formaram fora do país inscritos, 75 vão atuar em Belo Horizonte e no interior do estado. Apesar de o número estar dentro da média esperada, segundo o Ministério da Saúde, chamam a atenção as 34 cidades para as quais eles se inscreveram. Apenas 22 delas estão entre os 78 municípios listados como prioritários, devido a seus índices de vulnerabilidade social, ou seja, 28,2% do total. Integrante dessa lista, a capital levou a maior fatia do bolo e, com 27 candidatos, recebeu 36% das inscrições, mais de um terço do total.


A explicação para os números, de acordo com o secretário nacional de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, segue o padrão mineiro no contexto nacional. “É razoável que Minas receba 10% das inscrições porque o estado tem a tendência de representar 10% da população nacional ou dos recursos investidos no país.” No caso da capital, ele ressaltou que os profissionais vão atender às demandas da periferia. “Nessas localidades temos concentrações populacionais com índices bem semelhantes aos encontrados em regiões mais carentes, como os vales do Jequitinhonha e Mucuri.”

O baixo índice de municípios prioritários escolhidos também retrata uma realidade conhecida, segundo Magalhães. Ele explica que a preferência dos profissionais expõe a dificuldade de fixação dos médicos nas pequenas localidades, em benefício dos grandes centros. “A versatilidade de horários, a oportunidade de trabalhar em mais um local, a infraestrutura e estabilidade de pagamento atraem os médicos para a capital ou para as cidades de maior porte”, afirma. Os estrangeiros que não tiverem ainda o diploma validado podem atuar por três anos e somente nos lugares determinados em contrato, o que os deixa fora da rede particular. Após esse prazo, eles podem validar o diploma para continuar trabalhando no Brasil.

Neste primeiro mês de seleção, apenas 938 profissionais brasileiros confirmaram participação no programa Mais Médicos. O número de vagas preenchidas, até o momento, equivale a 6% da demanda dos municípios brasileiros, que apontaram a necessidade de 15.460 médicos para completar seus quadros na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS). “Ainda temos uma enormidade de vagas a serem preenchidas e isso mostra um descompasso em termos de oferta e demanda. A demanda do atendimento é muito maior, devido ao crescimento do SUS e da própria rede de saúde suplementar (planos de saúde)”, diz.

O número de confirmados deve mudar com a homologação de mais 1.082 profissionais, brasileiros e estrangeiros. Nesta rodada, estão as 715 inscrições mais recentes, além dos 367 médicos com diplomas válidos no Brasil que escolheram municípios, mas não homologaram sua participação e depois tiveram uma segunda oportunidade. Eles têm até hoje para confirmar sua participação, o que encerra a primeira seleção do Mais Médicos.

A lista final de profissionais será divulgada amanhã. A próxima chamada de médicos e municípios começa em 15 de agosto. “Vamos sucessivamente abrindo novas chamadas até conseguirmos atender a necessidade dos municípios em todo o país”, afirma Magalhães.


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