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Estado de Minas

Corpo de jovem supostamente baleado por delegado é velado em BH

Tiago de Souza Martins, de 23 anos, foi atingido por dois tiros durante uma briga no Bailão Sertanejo. Ele morreu ontem, após mais de 100 dias de internação no Hospital João XXII


postado em 14/08/2013 08:25

(foto: Reprodução/TV Alterosa)
(foto: Reprodução/TV Alterosa)
Está sendo velado na manhã desta quarta-feira no Cemitério da Consolação, na Região Norte de Belo Horizonte, o corpo de Tiago de Souzar Martins, de 23 anos, baleado durante uma briga generalizada no Bailão Sertanejo, em Venda Nova. Ele estava internado há mais de 100 dias no Hospital João XXIII. O enterro está previsto para as 17h de hoje.

No dia 5 de maio, Tiago foi atingido por um tiro na cabeça e outro no pescoço. O principal suspeito do crime é um delegado da Polícia Civil, filho do dono do estabelecimento onde ocorreu a briga, que continua trabalhando normalmente. O inquérito que investiga o caso ainda não foi concluído. Na noite passada, muito abalado, Eliazar Souza Martins, pai do rapaz, disse contar com a ajuda da imprensa para pressionar a polícia a concluir as investigações. “A gente espera justiça”, declarou.

O crime aconteceu em um domingo. Tiago estava com os irmãos e amigos no Bailão Sertanejo quando um dos colegas se envolveu numa briga. O rapaz foi atingido por uma garrafa no pescoço. Tiago e o irmão Elias de Souza Martins intervieram na confusão, que se tornou generalizada. Elias também levou uma garrafada e sofreu extenso corte no pescoço. Já Tiago foi baleado na cabeça e no pescoço.

Testemunhas afirmaram que os tiros foram disparados por Gustavo Garcia Assunção, de 29 anos, que é delegado titular da 3ª Delegacia de Ribeirão das Neves e filho do proprietário do Bailão Sertanejo. Este, por sua vez, disse que um policial militar, que prestou serviços de segurança ocasionalmente no local, e que naquela dia estaria lá como cliente, foi autor dos disparos. Gustavo entregou a sua arma à polícia para perícia. As investigações foram assumidas pela Corregedoria da Polícia Civil. O delegado-corregedor Daniel de Andrade Ribeiro disse ter ouvido, até o final de julho, cerca de 40 testemunhas. O inquérito ainda está em andamento.


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