Jornal Estado de Minas

Perícia vai apontar origem da bala que atingiu jovem no Bailão Sertanejo

Rapaz morreu na tarde passada após mais de 100 dias internado. Bala retirada do corpo será comparada com armas apreendidas. Um dos suspeitos do crime é delegado da Polícia Civil.

Cristiane Silva
A Polícia Civil informou nesta quarta-feira que o inquérito que investiga o caso de uma briga generalizada no Bailão Sertanejo, em Venda Nova, já está na fase final de investigação e deve ser concluído em breve


A confusão aconteceu em maio deste ano e um jovem de 23 anos foi baleadoTiago de Souza Martins  foi atingido na cabeça e no pescoçoEle ficou 101 dias internado no Hospital João XXIII e morreu na tarde de ontemO corpo do rapaz está sendo velado nesta quarta-feira no Cemitério da Consolação, Região Norte da capital, e deve ser sepultado às 17h

Um dos suspeitos do crime é um delegado da Polícia Civil, filho do dono do estabelecimento, que segue trabalhando normalmenteSegundo a assessoria de imprensa da PC, a bala que atingiu a cabeça de Tiago foi retirada no Instituto Médico Legal (IML)O projétil será encaminhado ao Instituto de Criminalística, onde ele será comparado com as armas dos possíveis autores do tiro

O crime aconteceu em um domingoTiago estava com os irmãos e amigos no Bailão Sertanejo quando um dos colegas se envolveu numa brigaO rapaz foi atingido por uma garrafa no pescoço
Tiago e o irmão Elias de Souza Martins intervieram na confusão, que se tornou generalizadaElias também levou uma garrafada e sofreu extenso corte no pescoçoJá Tiago foi baleado na cabeça e no pescoço.

Testemunhas afirmaram que os tiros foram disparados por Gustavo Garcia Assunção, de 29 anos, que é delegado titular da 3ª Delegacia de Ribeirão das Neves e filho do proprietário do Bailão SertanejoEste, por sua vez, disse que um policial militar, que prestou serviços de segurança ocasionalmente no local, e que naquela dia estaria lá como cliente, foi autor dos disparosGustavo entregou a sua arma à polícia para períciaAs investigações foram assumidas pela Corregedoria da Polícia CivilO delegado-corregedor Daniel de Andrade Ribeiro disse ter ouvido, até o final de julho, cerca de 40 testemunhas.