O presidente do CRM-MG, João Batista Gomes Soares, disse que todos os órgãos regionais vão mover ações para tentar barrar algumas medidas previstas no programaA principal é a não exigência da prova do Revalida para os médicos que vierem do exterior atuar no Brasil“Para o processo legal é isso que estamos abordandoO profissional tem que vir devidamente habilitado atuar aqui, com exame do Revalida e de língua estrangeira”, afirmou
Segundo ele, como está previsto no Mais Médicos, os conselhos se recusam a validar o diploma do médico estrangeiro se ele não fizer a avaliação prevista em lei“Não vamos validar, isso é um consenso entre todos os conselhos do país.” No processo normal, o médico que vem do exterior faz o Revalida, previsto no Ministério da Educação, e, se aprovado, recebe um registro definitivo no conselhoMas, segundo João Batista, o programa do governo federal prevê agora que os órgãos concedam um registro provisório ao profissional, o que para ele não é legal
BALANÇO O primeiro mês de seleção do programa Mais Médicos foi encerrado na última terça-feira, com a confirmação da participação de 1.618 profissionais, que atuarão em 579 municípios e 18 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs)Este grupo, que contempla 1.096 médicos – brasileiros e estrangeiros – que já atuam no país, além de 358 estrangeiros e 164 brasileiros graduados no exterior, que vai atender cerca de 6,5 milhões de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em Minas Gerais, a seleção do programa teve a confirmação de 101 profissionais inscritos, sendo 72 brasileiros e 29 com registro profissional de fora do paísOs participantes estarão distribuídos em 50 municípios, sendo 28 municípios de extrema pobreza e 21 periferias da capital e de regiões metropolitanasO número de vagas preenchidas equivale a 5,6% da demanda dos municípios do estado, que apontaram a necessidade de 1.806 médicos para completar seus quadros na atenção básica do SUSEm BH, serão designados 23 médicos, 14 deles estrangeiros.