Preservando o anonimato, o internauta informa quais bens foram levados pelo assaltante, o endereço, o dia e a hora do incidente, além de descrever como ocorreuTambém há relatos de tentativas de assalto frustradasOs dados são usados para compor um painel de estatísticasDas 339 denúncias feitas em BH até ontem, 58% das pessoas haviam registrado um boletim de ocorrência, segundo o siteDo total, mais da metade (59%) era do sexo masculino e os 41% restantes, do femininoO objeto mais roubado havia sido o celular (presente em 72% das ocorrências), seguido por carteira (39%) e bolsa ou mochila (36%)
Em breve, os internautas poderão “filtrar” os assaltos para ver apenas os que ocorreram em determinado mês ou semana, segundo os criadores do site, Márcio Vicente Filho e Filipe Norton, ambos de 22 anos e estudantes de ciência da computação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador“Também vamos fazer um ranking de bairros mais violentos”, anuncia MárcioA ferramenta foi criada em junho, mas permite que sejam cadastrados roubos ocorridos desde o início de 2012O “Onde fui roubado” tem uma página homônima no Facebook com mais de 3 mil seguidores.
O site usa a mesma tecnologia do Google Maps e as ocorrências são marcadas no mapa da cidade indicada pelo usuárioCadastrar uma ocorrência é rápido e simples, mas o site alerta: “Ao registrar uma nova denúncia toda a população poderá passar a confiar nelaNão faça denúncias falsas”Com base nas informações sobre roubos e furtos, é possível saber o que vem ocorrendo em qualquer região e se prevenir, sustenta Márcio“Os usuários podem se organizar antecipadamente sobre ir a alguma área da cidade, ficar atentos aos tipos de ocorrências registradas ali”, explica.
COMEÇO EM SALVADOR “A primeira cidade a receber denúncias foi Salvador, depois Florianópolis (SC)Na verdade, quando vimos Floripa com tantos adeptos, ficamos sem entender como o site chegou até lá”, diz MárcioAté a tarde de ontem, BH era a capital com mais ocorrências, seguida por Salvador (241), Curitiba (213) e Florianópolis (132)
Estudante de sistemas de informação na UFMG, Gustavo Campos chegou ao site por indicações de amigos e se cadastrou no sistema logo após ser assaltado no Bairro de Lourdes“Acho a iniciativa de extremo valorEstamos entrando numa era em que a informação se torna cada vez mais descentralizada”, disse“A ferramenta pode ajudar alguém até na hora de escolher uma região para morar ou comprar um imóvel”, consideraApesar de ter registrado o assalto que sofreu na rua, o jovem evitou cadastrar um arrombamento à sua residência“Acho inseguro publicar o local exato onde moro, isso pode atrair bandidos que julgarem minha residência vulnerável”, diz