Uma investigação policial levou a prisão de três pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha que aplicava um golpe conhecido como “chupa cabra” em agências bancárias em Belo Horizonte. O trio já estava sendo monitorado por uma equipe da Polícia Militar e foi surpreendido no momento em que tentava aplicar o golpe em um caixa eletrônico do Banco do Brasil, no Bairro Gutierrez, Região Oeste da capital. Segundo a PM, a quantia roubada pelo grupo pode chegar a R$ 500 mil.
Uma equipe descaracterizada acompanhou o grupo e flagrou o momento em que Simone Monise, de 29 anos, tentava aplicar o golpe em uma assistente social de 38 anos. Segundo o grupo atuava em três etapas. Em um momento de pouca movimentação, eles entravam na agência bancária e colocavam adesivos na tela dos caixas eletrônicos, informando que os equipamentos estavam em manutenção. Apenas dois eram mantidos sem o letreiro. Enquanto isso, uma pessoa instalava a máquina chupa cabra em um dos equipamentos sem placa.
Para fazer com que a vítima caísse no golpe, Simone ocupava o único caixa sem alterações, o que fazia com que o cliente do banco usasse o equipamento com o chupa cabra. Assim que o cartão magnético ficava retido, a suspeita intervia. “Ela conversava com a pessoa, dizia que já havia passado pela mesma situação e indicava um telefone informado no adesivo. Quando a vítima ligava, um outro integrante da quadrilha atendia e se identificava como funcionário do banco”, explica o sargento. Depois disso, o criminoso informava que o cartão seria bloqueado e solicitava a senha da conta para concluir a operação.
Assim que a vítima deixava a agência, o grupo retirava o cartão da máquina com o uso de uma chave especial. A PM suspeita que o dinheiro roubado era usado em viagens, já que foram encontradas várias fotos no celular de Simone em que o grupo aparece em clubes e pontos turísticos.
Outros dois suspeitos foram presos enquanto davam cobertura à comparsa. José Maria Botelho, de 51 anos, estava do lado de fora da agência e tentava fugir em um carro quando foi abordado. Ele é de São Paulo e já cumpriu pena de quatro meses por estelionato.
Neste momento, militares acompanham Charles Clóvis dos Santos, de 34, que deu detalhes à polícia sobre a existência de outros equipamentos guardados em uma casa em Betim, na Grande BH. Ele estava dentro da agência. Eles serão encaminhados para a Central de Flagrantes da Polícia Civil (Ceflan).