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Estado de Minas

Quadrilha suspeita de faturar até R$ 500 mil com golpe chupa cabra é presa no Gutierrez

Trio atuava principalmente na Região Oeste e era monitorado a vários dias pela PM


postado em 18/08/2013 11:27 / atualizado em 18/08/2013 12:24

 

Trio instalava máquina chupa cabra em caixas eletrônicos e induzia as vítimas a ligar para um número falso, a fim de conseguir a senha do cartão(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA.Press)
Trio instalava máquina chupa cabra em caixas eletrônicos e induzia as vítimas a ligar para um número falso, a fim de conseguir a senha do cartão (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA.Press)

 

Uma investigação policial levou a prisão de três pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha que aplicava um golpe conhecido como “chupa cabra” em agências bancárias em Belo Horizonte. O trio já estava sendo monitorado por uma equipe da Polícia Militar e foi surpreendido no momento em que tentava aplicar o golpe em um caixa eletrônico do Banco do Brasil, no Bairro Gutierrez, Região Oeste da capital. Segundo a PM, a quantia roubada pelo grupo pode chegar a R$ 500 mil.

Um vídeo feito pelo sistema de videomonitoramento de uma agência bancária em janeiro foi uma das ferramentas usadas pela polícia para identificar os suspeitos. De acordo com o sargento do 5° Batalhão Kleverson Barbosa, responsável pela operação, os militares tinham a informação de que a quadrilha atuava principalmente na Região Oeste da capital e que voltaria a agir na manhã deste domingo.

Uma equipe descaracterizada acompanhou o grupo e flagrou o momento em que Simone Monise, de 29 anos, tentava aplicar o golpe em uma assistente social de 38 anos. Segundo o grupo atuava em três etapas. Em um momento de pouca movimentação, eles entravam na agência bancária e colocavam adesivos na tela dos caixas eletrônicos, informando que os equipamentos estavam em manutenção. Apenas dois eram mantidos sem o letreiro. Enquanto isso, uma pessoa instalava a máquina chupa cabra em um dos equipamentos sem placa.

A suspeita é de que a quadrilha atuava desde janeiro na capital(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA.Press)
A suspeita é de que a quadrilha atuava desde janeiro na capital (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA.Press)
Para fazer com que a vítima caísse no golpe, Simone ocupava o único caixa sem alterações, o que fazia com que o cliente do banco usasse o equipamento com o chupa cabra. Assim que o cartão magnético ficava retido, a suspeita intervia. “Ela conversava com a pessoa, dizia que já havia passado pela mesma situação e indicava um telefone informado no adesivo. Quando a vítima ligava, um outro integrante da quadrilha atendia e se identificava como funcionário do banco”, explica o sargento. Depois disso, o criminoso informava que o cartão seria bloqueado e solicitava a senha da conta para concluir a operação.

Assim que a vítima deixava a agência, o grupo retirava o cartão da máquina com o uso de uma chave especial. A PM suspeita que o dinheiro roubado era usado em viagens, já que foram encontradas várias fotos no celular de Simone em que o grupo aparece em clubes e pontos turísticos.

Outros dois suspeitos foram presos enquanto davam cobertura à comparsa. José Maria Botelho, de 51 anos, estava do lado de fora da agência e tentava fugir em um carro quando foi abordado. Ele é de São Paulo e já cumpriu pena de quatro meses por estelionato.

Neste momento, militares acompanham Charles Clóvis dos Santos, de 34, que deu detalhes à polícia sobre a existência de outros equipamentos guardados em uma casa em Betim, na Grande BH. Ele estava dentro da agência. Eles serão encaminhados para a Central de Flagrantes da Polícia Civil (Ceflan).


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