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Estado de Minas

Projeto de valorização do patrimônio terá oficinas em Belo Horizonte e Brumadinho

Participantes vão montar maquetes de dois bens tombados em Minas Gerais


postado em 19/08/2013 06:00 / atualizado em 19/08/2013 08:17

Maquete da sede do Minas Tênis Clube, em BH, e da Matriz de Nossa Senhora da Piedade, em Piedade do Paraopeba: os dois bens tombados fazem parte do projeto Conhecer para cuidar, que terá oficinas nas duas cidades(foto: Asas Produções/Divulgação)
Maquete da sede do Minas Tênis Clube, em BH, e da Matriz de Nossa Senhora da Piedade, em Piedade do Paraopeba: os dois bens tombados fazem parte do projeto Conhecer para cuidar, que terá oficinas nas duas cidades (foto: Asas Produções/Divulgação)


Valorização da cultura, envolvimento da comunidade, preservação da memória e fortalecimento da educação patrimonial. Com essa filosofia, será lançado amanhã, em BH, o projeto Conhecer para cuidar, que terá oficinas na capital e no distrito colonial de Piedade do Paraopeba, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Durante as atividades, os participantes vão confeccionar e montar maquetes de dois bens tombados no estado: a sede social do Minas Tênis Clube, datada de 1940 e localizada na Rua da Bahia, 2.244, no Bairro de Lourdes, na Região Centro-Sul de BH, e a Matriz de Nossa Senhora da Piedade, de 1713, no município vizinho.

Nas duas cidades, a primeira edição do Conhecer para cuidar terá quatro dias de atividades, com palestras e oficinas de montagem – na capital, a partir de amanhã, às 8h, até sexta-feira, na sala multiuso do Minas Tênis, e em Piedade do Paraopeba, de 27 a 30 deste mês, em frente à igreja. “A frase de Santo Agostinho – ‘Amamos o que conhecemos’ – traduz bem a essência do trabalho. Trata-se de uma iniciativa inovadora para despertar na sociedade o senso de preservação da memória de Minas”, explica Fernanda Campos, gerente operacional da Asas Produções, responsável pelo projeto, que tem apoio de empresas, via lei estadual de incentivo à cultura.

Na abertura do evento, haverá palestra sobre educação patrimonial, ministrada pela arquiteta Isabela Vecci e dirigida a gestores públicos, representantes políticos, lideranças da área privada, arquitetos, educadores e profissionais ligados à cultura. A especialista vai falar sobre experiências no país e no mundo e juntar informações técnicas, arquitetônicas e históricas a respeito dos patrimônios escolhidos.

A expectativa é atingir, direta e indiretamente, mais de 4 mil pessoas nos dois municípios, com atividades gratuitas. Dessa forma, o projeto será ambientado numa carreta, que funciona como unidade móvel de eventos e tem 12 metros de palco, que se transforma em auditório climatizado de 90 metros quadrados. Nesse espaço serão realizadas oito oficinas por dia, cada uma delas com duração de 90 minutos e vaga para 25 participantes. Escolas públicas e particulares já estão inscritas no projeto e outros interessados podem fazer contato pelo e-mail asas@asasproducoes.com.br. Fernanda adianta que a segunda edição do projeto está em fase de captação de recursos para ser levada a outras cidades mineiras.

AGENTE “Ao proporcionar a interação com o patrimônio, estamos criando uma ligação direta entre o cidadão e um bem da cidade. Quem passa por essa vivência, dificilmente vai olhar para aquela edificação com indiferença e, possivelmente, será mais um agente de preservação”, acredita o diretor-presidente da Asas, Marcus Ferreira. O Conhecer para cuidar usa o conceito paper-toy ou maquetes de papel em miniatura, em três dimensões. Na elaboração do projeto foram pesquisados, nos órgãos de proteção do patrimônio, desenhos, plantas e croquis dos bens escolhidos, além de verificação in loco para manter a fidelidade em relação à construção original.

“A proposta é promover a educação patrimonial dentro de uma iniciativa lúdica, com a montagem de maquetes, facilitando a comunicação com os públicos de interesse: crianças, jovens e adultos”, afirma Marcus, lembrando que a comunidade representa a história viva do patrimônio, e, por isso, vai auxiliar os participantes na montagem das maquetes. “Convidar moradores para se integrarem à iniciativa permite aos participantes conhecer não apenas o contexto oficial ou físico do patrimônio, como também histórias pitorescas, causos e registros pessoais.”

A iniciativa dos mineiros será realizada ainda no Rio de Janeiro – onde serão representados o Estádio do Maracanã, a Fazenda do Engenho Novo, de São Gonçalo, e o Centro Ferroviário de Cultura Guilherme Nogueira, no distrito de Rocha Leão, em Rio das Ostras – e em São Paulo, contemplando o Teatro Erotides Campos, em Piracicaba.

RECONHECIMENTO
Projetada pelo arquiteto italiano Raffaello Berti (1900-1972), a sede social do Minas Tênis Clube tem estilo art déco. Segundo Marcus Ferreira, “o Minas, além de tradicional complexo de lazer dos belo-horizontinos, é reconhecido internacionalmente por sua competência na promoção de diversas modalidades esportivas e na formação de grandes atletas brasileiros. Recentemente, a sede do clube passou por uma grande reforma, abriu um teatro e incrementou seus equipamentos culturais. Um bom momento para lembrar a sua trajetória e festejar a sua existência”. Já a Matriz de Nossa Senhora da Piedade foi indicada para integrar o projeto pela sua importância e três séculos de história completados este ano


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