De acordo com as investigações, Igor se encontrou com o zootecnista Ricardo Athayde Vasconcelos em um bar, na noite do crimeApós uma conversa, os dois saíram do local e foram para a casa do fazendeiroRicardo contou, em depoimento, que foi ao banheiro e, quando voltou, flagrou o bailarino abraçado com do seu filho, Diego Rodrigues AthaydeNeste momento, o zootecnista sacou uma pistola 380 e um revólver calibre 38 e atirou contra a vítima
A perícia constatou que Igor recebeu cinco tiros, sendo um à queima-roupa na nucaDepois do crime, Ricardo pediu ajuda de um parente e fugiu do local
Desde a época do crime o julgamento já foi adiado três vezesO processo corria na comarca de Montes Claros, mas acabou sendo transferido para Belo HorizonteA mãe de Igor, a aposentada Marlene Gomes Lacerda Xavier, de 66 anos, afirma que a mudança atrasou ainda mais o andamento do processo“Na época da transferência, fui até o fórum e me disseram que o processo seria transferido para Belo Horizonte por minha causaPois fazíamos manifestações na cidade sobre o caso e o juiz afirmou que o clamor iria influenciar a decisão dos juradosEu perdi meu filho e acho que não tenho que ficar calada por causa dissoEu só fiz o meu papel”, desabafa
A aposentada acredita que o julgamento pode ser adiado novamente pela defesa dos réus
Após a morte do filho, a aposentada criou uma associação, chamada de Igor Vive, para divulgar o caso e fazer trabalhos sociais na comunidade carente de Montes Claros“Isso nos dá um certo conforto e alivia mais a tensão”, contaSegundo a aposentada, os autores do crime chegaram ser presos, mas estão em liberdade.
Julgamento como exemplo
A mãe da vítima espera que os réus sejam condenados e que a punicação sirva de exemplo para outros casos“Meu filho não vai voltar, mas queremos deixar isso como exemploAconteceu o crime, sendo homofóbico ou não tem que ter puniçãoA Justiça tem que tirar a venda dos olhos”, afirma
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) afirmou que não tem como saber se é o primeiro caso julgamento por homofobia já que o ato ainda não foi criminalizado.