Duas quadrilhas especializadas em roubos a bancos e empresas foram apresentadas na tarde desta quinta-feira na Divisão Especializada de Operações Especiais (Deoesp). Os dois grupos foram presos durante a Operação Midas, realizada pela Polícia Civil na última semana. Eles são responsáveis por pelo menos 17 grandes roubos em Minas Gerais. As investigações apontaram que o prejuízo causado pelos criminosos é superior a R$ 1 milhão.
As duas quadrilhas foram presas em situações distintas. Uma iria efetuar um roubo a uma agência bancária em Igarapé, na Grande BH, e a outra turma seguia para Bom Sucesso, na Região Centro-Oeste do Estado, onde pretendia roubar uma agência do Banco do Brasil. “Os dois grupos agiam separadamente. Porém, alguns integrantes tinham relação uns com os outros, tanto que chegaram a fazer assaltos juntos”, afirma o delegado Wanderson Gomes da Silva.
As investigações apontaram que o grupo realizou um assalto em 2 de maio na empresa Ambev, localizada em Contagem. Na ocasião, foram levados R$ 340 mil. Ele também é responsável pelo roubo de uma outra grande empresa em Vespasiano.
Troca de tiros
A outra quadrilha foi presa durante uma troca de tiros. Investigadores que monitoravam os criminosos receberam informações de que o grupo planejava um assalto a um banco na cidade de Bom Sucesso. Um cerco foi montado na região e os criminosos interceptados na BR-434, na entrada do município. Quando avistaram os policiais, os cinco assaltantes, que estavam em um Honda Civic, atiraram e houve revide. Ninguém ficou ferido. Ao perceber que estavam cercados, os homens se entregaram.
Foram presos Marcílio Galo, de 42 anos, apontado como chefe da quadrilha, Expedito Aparecido Gonçalves, o Barriga, de 49, Leonardo Barone Gonçalves, 37, Bruno de Sousa Santos, 33, e Aleff Maik da Silva, 20. Marcílio estava foragido desde 1999, quando fugiu do Presídio José Maria Alkmin, em Ribeirão das Neves, na Grande BH. Com o grupo foram apreendidos dois revólveres calibre 38, uma pistola semiautomática calibre 380 e dois carros, o Honda Civic e um Celta.
“Eles eram violentos durante as ações. Nas imagens das agências bancárias, mostram eles entram nos estabelecimentos, rendem as vítimas e chegam a fazer disparos. Em um dos casos, chegaram a atirar em um vigia”, explica Wanderson Silva.
De acordo com a Polícia Civil, outros membros das duas facções já foram identificados. “Acreditamos que o número de indiciados poderá chegar a 15 e 16 pessoas. Já identificamos outros integrantes e vamos pedir a prisão deles”, diz o delegado.