A construção do Espaço Multiuso no lugar do antigo Colégio Imaco, dentro do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, Centro de Belo Horizonte, não passou da demolição da antiga escola. No início de abril, quando foi assinada a ordem de serviço, o prefeito Marcio Lacerda anunciou que as obras começariam em 30 dias, mas desde 18 de junho estão paralisadas. A Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) informou que o motivo do atraso é o “refinamento dos projetos”. Os trabalhos serão retomados em breve, mas sem previsão, segundo a Sudecap.

O Espaço Multiuso está orçado em R$ 11,8 milhões, com verbas da prefeitura e do estado, e a expectativa é que fique pronto ainda no primeiro semestre de 2014. O novo espaço terá camarins, sanitários públicos, novas salas, café, refeitórios, auditório e palco, biblioteca, varanda e terraço. O projeto foi feito entre 2007 e 2008 pelo arquiteto Gustavo Penna, quando a escola foi desativada. Uma licitação foi feita há mais de um ano, mas houve dificuldade de obtenção de financiamento junto ao Ministério do Turismo. O governo de Minas entrou como parceiro.

Nessa quinta-feira, a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) informou que a liberação de recursos por parte do governo está condicionada à solução de algumas pendências técnicas no projeto. Na assinatura da ordem de serviço, no início de abril, o governador Antonio Anastasia considerou “um ponto positivo” a criação do Espaço Multiuso, lembrando que será inaugurado, ainda neste semestre, o V&M Brasil Centro de Cultura, ex-Cine Theatro Brasil, na Praça Sete.

Área

A gestão do Espaço Multiuso será da Fundação Municipal de Cultura, embora o parque seja administrado pelo Fundação de Parques Municipais. Com área construída total de 2 mil metros quadrados, sendo metade na arena cultura e a outra na esplanada que a circunda, o novo equipamento terá um palco para shows e plateia com capacidade para 3 mil pessoas. Segundo o arquiteto Gustavo Penna,, será um varandão totalmente integrado ao meio ambiente, do verde com a arte, com acessos a uma biblioteca, cafeteria e outros serviços. No fim da década de 2000, causou polêmica o projeto de demolição do Colégio Imaco, inaugurado em 1952, quando Américo Renné Ginnetti (de 1951 a 1954) era prefeito.

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