Quatro dos 16 bolsistas com registros profissionais estrangeiros designados para Minas pelo programa Mais Médicos, do governo federal, desembarcaram ontem à tarde no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande BH, vindos de Lisboa. O grupo trabalhava em Portugal, mas apenas Maria José Luiz Mendes Cardoso da Silva, de 64 anos, é natural do país europeu. Dois são mineiros e um é carioca. Segundo o Ministério da Saúde, os outros 12 médicos chegam até amanhã à capital, onde, a partir de segunda-feira, participam por três semanas de curso preparatório sobre língua portuguesa e saúde pública brasileira. Todos devem começar a trabalhar em 16 de setembro.
Maria José e o marido, o carioca Artur Cardoso da Silva, de 66, foram escolhidos para trabalhar em Sabará, na Grande BH. Carlúcio Avelino de Souza, de 40, vai para Rio Pardo de Minas, perto da sua cidade natal, Salinas, no Norte do estado. Nascido em Abadia dos Dourados, no Alto Paranaíba, Sidney Tomás da Cunha, de 45, ficará em BH. A chegada do grupo foi acompanhada pelo coordenador do Departamento de Fiscalização do Conselho Regional de Medicina de Minas (CRM-MG), Lincoln Queirós.
Os quatro profissionais disseram não temer o fato de o CRM-MG ter anunciado que não emitirá registro provisório a médicos que não revalidarem o diploma estrangeiro e ameaçado denunciar à polícia os que trabalharem à revelia do órgão. O Conselho Federal de Medicina (CFM) entrou na Justiça para que as entidades estaduais não sejam obrigadas a dar habilitação aos bolsistas vindos do exterior.
“Não entendo isso, porque temos formação altamente qualificada. Toda a vida tivemos trabalho muito intenso”, disse Maria José, especializada em medicina geral e de família. Ela e o marido se formaram na Universidade de Coimbra (Portugal) e estavam aposentados. Especialistas em medicina de família, Carlúcio e Sidney são graduados na Universidade de Cádiz (Espanha), e trabalhavam em Portugal. “Primeiro, eles têm que ver nosso trabalho. Depois, julgar. Não podem julgar uma pessoa por ter se formado fora”, disse Sidney.
Assim que chegou, o grupo foi questionado sobre a polêmica do Mais Médicos, que busca suprir a carência de profissionais no interior e em periferias de grandes cidades. “A primeira coisa que foi perguntada a eles é em que medida estão informados sobre como a categoria médica tem apresentado essas questões”, relatou a assessora especial da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, Sandra Kenedy. “Queremos que o papel do CRM seja feito. Sabemos que a sociedade brasileira os aguarda de braços abertos”, emendou.
MAIS DESEMBARQUES Em voos na madrugada de hoje, segundo o ministério, chegariam mais quatro médicos. E no fim da noite, de um avião saído da Espanha, devem desembarcar dois profissionais. Um italiano e cinco brasileiros devem chegar por conta própria, mas o ministério não soube informar para qual país estão habilitados a exercer a medicina nem em que municípios atuarão. No total, 244 profissionais do exterior devem chegar a oito capitais até amanhã, sendo 99 brasileiros e 145 estrangeiros. Eles vão se juntar aos 1.096 médicos formados no Brasil também cadastrados no programa, que beneficiará 516 municípios e 15 distritos sanitários indígenas.
Maria José e o marido, o carioca Artur Cardoso da Silva, de 66, foram escolhidos para trabalhar em Sabará, na Grande BH. Carlúcio Avelino de Souza, de 40, vai para Rio Pardo de Minas, perto da sua cidade natal, Salinas, no Norte do estado. Nascido em Abadia dos Dourados, no Alto Paranaíba, Sidney Tomás da Cunha, de 45, ficará em BH. A chegada do grupo foi acompanhada pelo coordenador do Departamento de Fiscalização do Conselho Regional de Medicina de Minas (CRM-MG), Lincoln Queirós.
Os quatro profissionais disseram não temer o fato de o CRM-MG ter anunciado que não emitirá registro provisório a médicos que não revalidarem o diploma estrangeiro e ameaçado denunciar à polícia os que trabalharem à revelia do órgão. O Conselho Federal de Medicina (CFM) entrou na Justiça para que as entidades estaduais não sejam obrigadas a dar habilitação aos bolsistas vindos do exterior.
“Não entendo isso, porque temos formação altamente qualificada. Toda a vida tivemos trabalho muito intenso”, disse Maria José, especializada em medicina geral e de família. Ela e o marido se formaram na Universidade de Coimbra (Portugal) e estavam aposentados. Especialistas em medicina de família, Carlúcio e Sidney são graduados na Universidade de Cádiz (Espanha), e trabalhavam em Portugal. “Primeiro, eles têm que ver nosso trabalho. Depois, julgar. Não podem julgar uma pessoa por ter se formado fora”, disse Sidney.
Assim que chegou, o grupo foi questionado sobre a polêmica do Mais Médicos, que busca suprir a carência de profissionais no interior e em periferias de grandes cidades. “A primeira coisa que foi perguntada a eles é em que medida estão informados sobre como a categoria médica tem apresentado essas questões”, relatou a assessora especial da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, Sandra Kenedy. “Queremos que o papel do CRM seja feito. Sabemos que a sociedade brasileira os aguarda de braços abertos”, emendou.
MAIS DESEMBARQUES Em voos na madrugada de hoje, segundo o ministério, chegariam mais quatro médicos. E no fim da noite, de um avião saído da Espanha, devem desembarcar dois profissionais. Um italiano e cinco brasileiros devem chegar por conta própria, mas o ministério não soube informar para qual país estão habilitados a exercer a medicina nem em que municípios atuarão. No total, 244 profissionais do exterior devem chegar a oito capitais até amanhã, sendo 99 brasileiros e 145 estrangeiros. Eles vão se juntar aos 1.096 médicos formados no Brasil também cadastrados no programa, que beneficiará 516 municípios e 15 distritos sanitários indígenas.