A programação de ontem começou logo de manhã com palestras, degustações orientadas e aulas como a do chef Henrique Gilberto (Belo Comidaria, BH), que, ao lado do colega Bruno Faro, conseguiu prender a atenção do público falando sobre pão e manteigaA dupla explicou sobre fermentação natural para pães (que melhora sabor e textura, sem comprometer durabilidade), derivados fermentados do leite (como kefir e leitelho) e, claro, manteiga.
“A massificação das grandes empresas de alimentação está destruindo as bases da nossa comida, a produção artesanalFazer o próprio pão e a própria manteiga é muito fácil e acessível, o problema é criar demandaEstamos começando a criar esse elo entre laticínios e restaurantes”, afirma HenriqueEm parceria com o Instituto de Laticínios Cândido Tostes, ele está desenvolvendo esses produtos para seu restaurante – a coalhada já é servida lá.
No Largo da Rodoviária, o estande do Origem Minas, projeto do Sebrae para divulgação do agronegócio mineiro, atraiu a atenção dos visitantes, que puderam provar e comprar produtos como biscoitos, mel, geleias, doces, carne de lata, café, cachaça e queijo de cabraNesse espaço não havia um único queijo de minas artesanal exposto, produto que é símbolo da excelência gastronômica de Minas Gerais.
Everton Almeida era um dos produtores presentes nesse estande, proprietário da fábrica familiar de biscoitos Sabor Vertentes, em São TiagoDas 40 variedades que prepara, trouxe 12 para o festival“Já temos selo de origem para atestar a procedência dos produtos da nossa associaçãoVendemos para outros estados e, sem dúvida, podemos fechar negócios no exterior”, acredita ele
*O repórter viajou a convite do festival