O bailarino foi assassinado no apartamento do zootecnista, depois que os dois se encontraram em um bar, no Centro de Montes ClarosRicardo Athayde confessou que cometeu o homicídio porque a vítima teria assediado seu filhoO advogado que defende Ricardo e Diego, Maurício Campos Júnior, sustenta que não houve homofobia“O fato nem de longe constitui crime homofóbicoAliás, o próprio juiz responsável pelo processo em Montes Claros afirmou que nem mesmo a acusação versava sobre homofobiaLamentavelmente, a família da vítima vem mobilizando entidades de defesa da diversidade sexual, transformando esse julgamento em uma bandeira”, disse o advogado.
Maurício negou ainda que Ricardo Vasconcellos tenha dito que assassinou Igor por ter rejeição a homossexuais, argumento que teria despertado a atenção das entidades de defesa das minorias em relação ao crime“Isso foi uma mentira que inventaram
Manifestações
O início do julgamento está marcado para 8h30O poeta Aroldo Pereira, presidente da Associação Igor Vive, criada em Montes Claros após o assassinato do bailarino, afirmou que cerca de 30 pessoas, entre parentes da vítima e integrantes da entidade, acompanharão o julgamentoEle disse ainda que estão previstas manifestações e intervenções artísticas em frente ao fórum pedindo a condenação dos réus e o fim da impunidade dos autores de crimes contra os homossexuais“A nossa expectativa enquanto amigos e familiares de Igor e integrantes da associação é que o julgamento ocorra de forma plena, sem nenhuma manobra da defesa dos assassinos e que o júri venha dar seu veredicto, promovendo a justiçaAfinal, é o primeiro júri popular de um crime assumidamente homofóbico da história do Brasil”, afirma Pereira.
“Estamos com muita esperança de que se faça justiça e que os assassinos sejam culpados e paguem pelo crimeSão 11 anos e seis meses de luta da família e do movimento LGTB”, disse o presidente da ABGLTOntem, ele esteve reunido com a aposentada Marlene Xavier, mãe de Igor, que viajou para Belo Horizonte para acompanhar o júri no Fórum Lafayette.
Marlene disse que espera que a justiça seja feita e o julgamento dos responsáveis pela morte do seu filho tenha “um desfecho satisfatório”Mas reclamou da demora para que os réus fossem julgados, atribuindo os adiamentos do júri a manobras da defesa“Por causa dos adiamentos anteriores, a gente só terá tranquilidade mesmo depois do resultado do julgamento