O julgamento do zootecnista Ricardo Athayde Vasconcellos e do filho dele, Diego Rodrigues Athayde acusados de matar a tiros o bailarino Igor Leonardo Xavier, em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, segue com os debates entre defesa e acusaçãoDesde as 13h, o promotor Gustavo Fantini fala aos juradosEle afirmou, com base em testemunhas, que Ricardo já conhecia a vítima e até mantinha um relacionamento amoroso com elaFantini também pediu a absolvição de Diego por falta de provas
O promotor teve 1h30 minutos para expor os fatosEle tentou mostrar as contradições dos depoimentos dos réus, que falaram nesta manhãFantini afirmou que a orientação sexual de Igor tem importância para o julgamento, já que foi o motivo que o levou à casa dos réus
Nesta manhã, todas as testemunhas foram dispensadas e logo depois teve início o interrogatório de pai e filhoRicardo contou que no dia 28 de fevereiro de 2002, dia do crime, sentou com dois conhecidos em um bar da cidadeAlém deles, outras pessoas se revezavam à mesas em um clima descontraído - entre 21h e 0hNesse período, a discussão principal entre todos era sobre filosofia e, em determinado momento, Igor pediu permissão para se sentar com o grupo e participar da conversa
Porém, para o promotor Gustavo Fantini, a história contada pelos réus é "absolutamente incompatível" com a prova pericialSegundo ele, testemunhas informaram que Ricardo e Igor já se conheciam antes do crime e que, inclusive, mantinham um relacionamento amoroso
Ainda tentando contradizer os depoimentos dos réus, Fantini mostrou imagens da cena do crime para provar que o bailarino e um dos réus não se agrediramNesta manhã, Ricardo afirmou que tropeçou quando partiu para cima de Igor, ao flagrá-lo assediando DiegoNeste momento, teria ocorrido o primeiro disparoSegundo o réu, Igor avançou sobre ele e os dois se atracaramNeste momento Ricardo alega que houve mais um disparo, que matou o bailarinoPara o promotor, a vítima tomou um tiro de misericórdia na testa, 30 minutos depois dos primeiros disparos
Antes de terminar sua fala, Fantini pediu a condenação de Ricardo e a absolvição de Diego, pois no processo não há provas de que ele tenha atirado contra a vítima.