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Estado de Minas

Bombeiros admitem que deixaram capivara amarrada em árvore para atender acidente

O comandante do 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros afirmou que os militares foram chamados para atender uma ocorrência de pessoas presas às ferragens em um acidente na BR-381, em Caeté


postado em 29/08/2013 16:31 / atualizado em 29/08/2013 17:54

O animal ficou amarrado em uma árvore por mais de uma hora na orla da Lagoa da Pampulha(foto: Adriano Ventura/Divulgação)
O animal ficou amarrado em uma árvore por mais de uma hora na orla da Lagoa da Pampulha (foto: Adriano Ventura/Divulgação)

A capivara que ficou amarrada a uma árvore por mais de uma hora na manhã desta quinta-feira na orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, foi mesmo capturada pelo Corpo de Bombeiros. A corporação informou nesta tarde, que os militares fizeram uma armadilha para prender o animal depois de receberem várias ligações de moradores da região. O roedor foi deixado amarrado, pois, a equipe que foi verificar a armação recebeu um chamado urgente para retirar vítimas presas às ferragens em um acidente na BR-381, em Caeté, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O animal segue em observação no Zoológico da capital mineira.

A cena da capivara amarrada na árvore, chamou a atenção de quem passava pela orla da Lagoa da Pampulha. O animal estava preso e com ferimentos no tronco provocados por um arame. Algumas pessoas chegaram a se aproximar do animal, que estava bastante agitado e agressivo.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, há uma semana os militares tentam capturar a capivara, depois de vários pedidos feitos pela população, já que o roedor estava ferido. “Tentamos por várias vezes pegá-la, mas quando nos aproximávamos ela sempre entrava na água e fugia. Chegamos até a contatar o IBAMA, que é responsável pela captura de animais silvestres, e marcamos uma operação”, afirma o comandante do 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Juderci Alves Rodrigues.

Antes mesmo da ação conjunta acontecer, novos chamados fizeram com que os militares pensassem em uma estratégia diferente. “Fomos acionados novamente ontem (quarta-feira) e tentamos capturar a capivara, mas ela conseguiu fugir novamente. Diante disso, resolvemos fazer uma armadilha com corda e comida para atraí-la”, explica o comandante. Quando os militares chegaram no local, por volta das 8h, encontraram a capivara presa na armação.

Capivara estava com um ferimento no tronco(foto: Adriano Ventura/Divulgação)
Capivara estava com um ferimento no tronco (foto: Adriano Ventura/Divulgação)
Enquanto os bombeiros faziam os trabalhos para a remoção dos animal, um novo chamado fez com que eles o deixassem amarrado. “Fomos acionados para atender uma nova ocorrência de um acidente com pessoas presas às ferragens. Porém, no meio do caminho nos informaram que não precisariam do apoio. A viatura, então, foi até o batalhão, pegou uma gaiola e foi remover o animal”, diz o Juderci Rodrigues.

Até às 9h o animal ficou preso na árvore. Os militares o levaram para o Zoológico de Belo Horizonte onde recebeu os primeiros atendimentos. De acordo com a Fundação Zoo botânica, a capivara estava com um objeto grudado em seu tronco, o que causou ferimentos. O material foi removido e o roedor deixado em observação, pois estava bastante agitado.

Relação boa com os animais

O comandante do 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros ressaltou que as ocorrências com animais são comuns na corporação, e que nenhum militar o causou ferimentos na capivara. “De 2012 até a presente data, já atendemos quase 5 mil ocorrências de animais em risco. Isso é muito comum para gente. Os bombeiros tem cuidado e amor aos animais. Diariamente recebemos solicitações semelhantes, como cavalo e vacas dentro de valas, ou até sobre animais como cachorros, gatos e passarinhos”, comenta.


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