A população brasileira envelhece rapidamenteEm 2000, havia 9,7 milhões de pessoas com 65 anos ou mais no país, o que representava 5,6% da populaçãoA proporção aumentou para 7,4% neste ano, deve chegar a 13,4% em 2030 e a 26,7% em 2060, segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE)Em Minas, o índice também vem crescendo: era de 6,1% em 2000, passou para os atuais 8,3% e deve chegar a 15,2% em 2030.
O envelhecimento ajuda a aumentara proporção de pessoas economicamente dependentes, que têm menos de 15 anos e mais de 65
“O processo de envelhecimento é inexorável, por causa da melhoria da condições de vida”, aponta Luciene Longo, demógrafa e analista do IBGEO dentista Geraldo concorda“Hoje vivemos com muito mais qualidadeDe forma geral, as pessoas têm mais consciência do que devem fazer para ser saudáveis, de que precisam melhorar seus hábitosEla se alimentam melhor, fazer mais atividade física, previnem-se contra doenças, vão mais ao médico”, constata o aposentado.
As melhorias na qualidade de vida se refletem no aumento da expectativa de vida, que, junto com a queda da média de filhos por mulher, leva ao envelhecimento acelerado da população, segundo o IBGENo Brasil, o tempo médio de vida deve aumentar 11,3 anos entre 2000 (69,83 anos) e 2060 (81,2 anos)A média atual é de 74,8 anos, sendo 71,2 para homens e 78,5 para mulheresA região com a maior expectativa é a Sul, com 76,8 anos, seguida por Sudeste (76,5), Centro-Oeste (74,4), Nordeste (72,2) e Norte (71,5)
A expectativa de vida dos mineiros é superior à nacional e é a quinta maior do país: 76,4 anosEm 2000, era de 71,7 anosEm 2030, chegará a 79,9Em Minas, as mulheres vivem 79,4 anos, mais que os 73,4 dos homensDaqui a 17 anos, a média subirá, respectivamente, para 77,2 e 82,7 anos.
Mortalidade
Outro indicador que deve apresentar melhoras, segundo o IBGE, é a taxa de mortalidade infantilEm 2060, o Brasil chega ao índice de 7,12 bebês de até um ano mortos por mil nascidos vivos, menos da metade dos 15 atuais e quatro vezes menos que os 29 registrados em 2000Minas tem taxa de 12,56 por mil nascidos vivos, pior que a do Sudeste (11,58) e as dos estados da região Sul, de São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.