Vestido com roupa de ginástica, o dentista aposentado Geraldo Faria, de 72 anos, fazia uma de suas habituais caminhadas na tarde de ontem. Com passo acelerado, andava em volta da Praça da Liberdade, no Bairro Funcionários, Centro-Sul de Belo Horizonte. “Isso faz bem à saúde, mantém meu peso e minha forma”, disse, sorridente. Envelhecer com vitalidade parece ser uma regra na família de Geraldo, que espera viver bastante tempo ainda. “O único remédio que tomo é um comprimido para colesterol pela manhã. Todos os meus parentes são saudáveis. Tenho um irmão de 90 anos e minha mãe faleceu aos 96. Pretendo segui-los”, acrescentou.
A população brasileira envelhece rapidamente. Em 2000, havia 9,7 milhões de pessoas com 65 anos ou mais no país, o que representava 5,6% da população. A proporção aumentou para 7,4% neste ano, deve chegar a 13,4% em 2030 e a 26,7% em 2060, segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Em Minas, o índice também vem crescendo: era de 6,1% em 2000, passou para os atuais 8,3% e deve chegar a 15,2% em 2030.
O envelhecimento ajuda a aumentara proporção de pessoas economicamente dependentes, que têm menos de 15 anos e mais de 65. Ao menos em teoria, esse grupo seria sustentado pela parcela em idade ativa (de 15 a 64 anos). Em 2013, são 46 dependentes para cada grupo de 100 pessoas em idade ativa. Em 2022, a taxa atingirá seu valor mínimo, de 43,3, e voltará a subir no ano seguinte, chegando a 65,9 em 2060.
“O processo de envelhecimento é inexorável, por causa da melhoria da condições de vida”, aponta Luciene Longo, demógrafa e analista do IBGE. O dentista Geraldo concorda. “Hoje vivemos com muito mais qualidade. De forma geral, as pessoas têm mais consciência do que devem fazer para ser saudáveis, de que precisam melhorar seus hábitos. Ela se alimentam melhor, fazer mais atividade física, previnem-se contra doenças, vão mais ao médico”, constata o aposentado.
As melhorias na qualidade de vida se refletem no aumento da expectativa de vida, que, junto com a queda da média de filhos por mulher, leva ao envelhecimento acelerado da população, segundo o IBGE. No Brasil, o tempo médio de vida deve aumentar 11,3 anos entre 2000 (69,83 anos) e 2060 (81,2 anos). A média atual é de 74,8 anos, sendo 71,2 para homens e 78,5 para mulheres. A região com a maior expectativa é a Sul, com 76,8 anos, seguida por Sudeste (76,5), Centro-Oeste (74,4), Nordeste (72,2) e Norte (71,5). O estado com a maior média atual é Santa Catarina (78), seguido pelo Distrito Federal (77,28).
A expectativa de vida dos mineiros é superior à nacional e é a quinta maior do país: 76,4 anos. Em 2000, era de 71,7 anos. Em 2030, chegará a 79,9. Em Minas, as mulheres vivem 79,4 anos, mais que os 73,4 dos homens. Daqui a 17 anos, a média subirá, respectivamente, para 77,2 e 82,7 anos.
Mortalidade
Outro indicador que deve apresentar melhoras, segundo o IBGE, é a taxa de mortalidade infantil. Em 2060, o Brasil chega ao índice de 7,12 bebês de até um ano mortos por mil nascidos vivos, menos da metade dos 15 atuais e quatro vezes menos que os 29 registrados em 2000. Minas tem taxa de 12,56 por mil nascidos vivos, pior que a do Sudeste (11,58) e as dos estados da região Sul, de São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.
A população brasileira envelhece rapidamente. Em 2000, havia 9,7 milhões de pessoas com 65 anos ou mais no país, o que representava 5,6% da população. A proporção aumentou para 7,4% neste ano, deve chegar a 13,4% em 2030 e a 26,7% em 2060, segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Em Minas, o índice também vem crescendo: era de 6,1% em 2000, passou para os atuais 8,3% e deve chegar a 15,2% em 2030.
O envelhecimento ajuda a aumentara proporção de pessoas economicamente dependentes, que têm menos de 15 anos e mais de 65. Ao menos em teoria, esse grupo seria sustentado pela parcela em idade ativa (de 15 a 64 anos). Em 2013, são 46 dependentes para cada grupo de 100 pessoas em idade ativa. Em 2022, a taxa atingirá seu valor mínimo, de 43,3, e voltará a subir no ano seguinte, chegando a 65,9 em 2060.
“O processo de envelhecimento é inexorável, por causa da melhoria da condições de vida”, aponta Luciene Longo, demógrafa e analista do IBGE. O dentista Geraldo concorda. “Hoje vivemos com muito mais qualidade. De forma geral, as pessoas têm mais consciência do que devem fazer para ser saudáveis, de que precisam melhorar seus hábitos. Ela se alimentam melhor, fazer mais atividade física, previnem-se contra doenças, vão mais ao médico”, constata o aposentado.
As melhorias na qualidade de vida se refletem no aumento da expectativa de vida, que, junto com a queda da média de filhos por mulher, leva ao envelhecimento acelerado da população, segundo o IBGE. No Brasil, o tempo médio de vida deve aumentar 11,3 anos entre 2000 (69,83 anos) e 2060 (81,2 anos). A média atual é de 74,8 anos, sendo 71,2 para homens e 78,5 para mulheres. A região com a maior expectativa é a Sul, com 76,8 anos, seguida por Sudeste (76,5), Centro-Oeste (74,4), Nordeste (72,2) e Norte (71,5). O estado com a maior média atual é Santa Catarina (78), seguido pelo Distrito Federal (77,28).
A expectativa de vida dos mineiros é superior à nacional e é a quinta maior do país: 76,4 anos. Em 2000, era de 71,7 anos. Em 2030, chegará a 79,9. Em Minas, as mulheres vivem 79,4 anos, mais que os 73,4 dos homens. Daqui a 17 anos, a média subirá, respectivamente, para 77,2 e 82,7 anos.
Mortalidade
Outro indicador que deve apresentar melhoras, segundo o IBGE, é a taxa de mortalidade infantil. Em 2060, o Brasil chega ao índice de 7,12 bebês de até um ano mortos por mil nascidos vivos, menos da metade dos 15 atuais e quatro vezes menos que os 29 registrados em 2000. Minas tem taxa de 12,56 por mil nascidos vivos, pior que a do Sudeste (11,58) e as dos estados da região Sul, de São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.