As recentes invasões aos shoppings de Belo Horizonte realizadas por adolescentes ainda preocupam as autoridadesO Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Infância e da Juventude (CAO-IJ), tenta alertar os pais dos jovens para mostrar os riscos que os encontros podem causarA estratégia está sendo feita por meio do Facebook, onde também são criados os eventos.
A ideia surgiu depois de um encontro do CAO-IJ com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), onde foi discutido as ações promovidas pelos jovensA preocupação é com os próximos eventos, como o já marcado para este sábado no Boulevard Shopping, onde mais de mil pessoas já confirmaram presença“Podemos considerar a ação como um apeloTemos a preocupação dos riscos que os jovens podem ter, porque não sabemos o que vai acontecer, já que os eventos não têm um objetivo definidoPor isso pensamos em uma alternativa para sensibilizar os pais e alertá-los sobre os riscos”, explica a promotora Paola Domingues Botelho Reis de Nazareth.
Para chegar aos responsáveis pelos jovens, o MP está utilizando as redes sociais“A ideia foi tentar colocar no Facebook, que é onde está sendo mobilizado o evento, e, através do site, fazer o alertaNão sabemos se vai alcançar o número de pais que queremos, porque está em cima da hora, mas pedimos que os pais acompanhem os jovens nesses encontros”, afirma a promotora.
No último sábado, centenas de jovens entraram no Minas Shopping, no Bairro União, Região Nordeste, gerando tumulto e quebradeiraPelos menos duas lojas foram saqueadasOs envolvidos carregavam um revólver, fogos de artifício e drogas
Para este sábado, um novo encontro já está marcado com a confirmação de mais de mil jovensNa página do evento, algumas pessoas chegaram a fazer comentários incitando à prática de atos de vandalismo, roubo e uso de drogas.
Encontros culturais
Caso os encontros continuem nos centro de compras, a promotora já estuda uma outra estratégia“Se conseguíssemos canalizar essa energia desses adolescentes para um lazer e um foco cultural seria muito mais eficiente para elesComo foi em cima da hora, não conseguimos pensar sobre isso, mas se continuar, vamos pensar em entrar em contato com o Governo e pensar alguma alternativa”, comenta