Equipes do Corpo de Bombeiros retornaram, no começo da manhã deste domingo, ao Bairro Caetano Furquim, em Sabará, na Grande BH, para retomar as buscas pelo condutor de um Chevette que caiu dentro do Ribeirão Arrudas, próximo ao entroncamento com o Rio das VelhasDuas mulheres mortas foram retiradas do veículo na tarde de sábado.
O carro caiu nas águas por volta das 21h de sexta-feiraOs três ocupantes seguiam para uma festa de rodeio quando, supostamente, o motorista perdeu o controle da direçãoTestemunhas contaram à polícia que o veículo passou pela Rua Marzagânia em alta velocidadeElas contaram que os ocupantes escutavam funk em volume alto e, depois da queda, puderam ouvir gritos de socorro.
As buscas pelas vítimas tiveram início ainda na noite de sexta, mas tiveram de ser interrompidas devido à falta de visibilidadeA operação de resgate durou aproximadamente 18 horas até a retirada do carro de dentro do rio, quando foram resgatados os dois corposUma das vítimas foi identificada como Jéssica Regina Fernandes Ferreira da Silva, de 19anosA outra mulher, segundo os bombeiros, não havia sido identificada e tinha aproximadamente 30 anos.
Resgate difícil
Valquiria Lopes e Juliana Ferreira
Bombeiros que pediram para não ser identificados disseram que o trabalho poderia ter sido mais rápido se a corporação contasse, por exemplo, com caminhões modernos de guincho automáticoO veículo estava a aproximadamente sete metros de profundidadeDiante da impossibilidade de mergulhar na água poluída, os militares esperaram o amanhecer para tentar içar o carroEles fixaram guinchos de ferro nas extremidades do carro e usaram um equipamento de tração, mas a solução não funcionou
Um grupo de bombeiros montou o braço mecânico da viatura, da década de 1980“Há veículos desse tipo, na construção civil, por exemplo, que são maiores e mais modernosMas é o que temos e fazemos de tudo para salvar vidas com ele”, disse um dos militares, que pediu para não ser identificadoO caminhão-guincho demorou a chegar ao local, segundo ele, porque estava na oficina“Pedimos ao mecânico para acelerar o conserto porque esta é a única viatura desse modelo que temos”, relatou o bombeiro.
A assessoria do Corpo de Bombeiros informou que a dificuldade no resgate ocorreu devido ao local do acidente, que é de difícil acessoSegundo a corporação, o Ribeirão Arrudas é contaminado e impediu que os militares mergulhassem para procurar o veículo e as vítimasPor essa razão, o comandante da operação optou por chamar um caminhão-guinchoA assessoria não soube dizer quando veículos mais modernos serão adquiridos pela corporação.