Uma mulher de 35 anos acionou a polícia na madrugada de domingo depois que foi agredida por um colega de trabalho. Os dois são usuários de drogas e depois do trabalho seguiram até a casa do irmão do suspeito, no Bairro Jardim Felicidade, na Região Norte de Belo Horizonte, para fumar crack. Lá, José Maria Gomes, de 53 anos, bateu na vítima e a estuprou. O dono da residência, Walter Pereira Santos, de 55, também estava no local, mas como não participou da agressão, foi ouvido pela polícia e liberado em seguida. Enquanto faziam a ocorrência, a Polícia Civil descobriu que a vítima tinha um mandado de prisão em aberto e ela também acabou detida e foi encaminhada para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional da Região Centro-Sul.
Segundo a Polícia Militar, a vítima acionou a PM por volta de 2h, quando conseguiu escapar da casa onde aconteceu o crime. Ela contou que conhecia o autor do estupro, já que eles trabalhavam juntos fazendo limpeza externa de casas e lotes em Belo Horizonte. Os dois teriam saído do trabalho no fim do dia e José Maria a convidou para ir até a casa de seu irmão. Já na residência de Walter, o casal começou a fumar crack e, de acordo com a Polícia Civil, o dono do imóvel estava dormindo e não chegou a se drogar.
DROGA
Já alterado pelos efeitos da droga, José Maria começou a agredir a vítima, que alega que disse várias vezes que não queria nenhum envolvimento sexual, mas, segundo ela, ele não aceitou a sua recusa e a agrediu. O suspeito teria batido na cabeça dela várias vezes e chegou a ameaçá-la para que ela tivesse relações sexuais com ele. Usando a sua força física ele a estuprou. Em seguida, a mulher conseguiu fugir do local. Segundo a PM, Walter também foi encaminhado para a Polícia Civil porque foi conivente com o fato, mas ele foi apenas ouvido e liberado em seguida.
De acordo com a Polícia Civil, a vítima já foi condenada por roubo e estava em regime semi-aberto há algum tempo. Ela teria descumprido o regime e não compareceu na cadeia como previsto. Sendo assim, a justiça tentou regredir o regime e colocá-la novamente em regime fechado. Foi expedido um novo mandado de prisão e, hoje, ao procurar a polícia para denúncia o estupro, ela acabou sendo conduzida novamente para o sistema prisional. Agora, ela será encaminhada para a Justiça, que vai decidir se ela continuará em regime semi-aberto ou se cumprirá o restante de sua pena em regime fechado.